capítulo 31

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Amitis

— Tem certeza que quer fazer isso hoje?— O Leonardo colocou na cabeça que quer por que quer falar pra todos os nossos amigos que estamos juntos hoje.

E não para por aí, ele quer marcar um almoço na casa da família dele pra contar a novidade pra todo mundo, ele até tentou excluir o irmão mais velho da lista de pessoas que devem saber do nosso relacionamento, mas eu não deixei. Se ele quer que todo mundo saiba, vai ser todo mundo mesmo.

— São os nossos amigos, docinho. Eles já sabem que alguma coisa acontece aqui tem tempo.— Deu de ombro enquanto acabava de se arrumar.

Ele tem um ponto, é verdade. Todo mundo desconfia, a gente só vai confirmar as suspeitas. É, eu posso fazer isso.

Combinamos com toda a gangue de sair pra um barzinho no centro da cidade, vamos todos nos encontrar lá e então quando estivermos todos acomodados eu e o Léo vamos jogar a bomba e esperar o resultado.

— Tem razão, eu até acho que vão gostar bastante.— Constatei respirando fundo e ajeitando o meu decote.

Eu e o Léo estamos oficialmente namorando a duas semanas apenas, e nesse período ele faltou so se coçar de tanta ansiedade pra contar logo a novidade, toda vez que ele voltava no assunto eu caia na gargalhada. Ele fala do Matteo, mas é tão exageradamente animado quanto ele.

— Eu tenho certeza que vão.— Leo sorriu e me puxou pra um beijo rápido e mesmo assim maravilhoso, como todos os outros em todos os outros dias.

Não vou mentir só pra me fazer de durona, essas últimas semanas foram o meu paraíso na terra, o Léo é o homem mais solicito e carinhoso que já existiu na face da terra, ele cuida de mim, me levou pra tirar o gesso do braço, mesmo estando juntos já ele nunca deixa de ler ou criar uma história pra mim antes de dormir, e eu preciso admitir as que ele inventa são as minhas preferidas. São sempre sobre uma garota chamada docinho e as aventuras dessa garota forte, eu simplesmente adoro.

— Toma conta da casa tá, filho? Quando a gente voltar eu prometo que te dou um beijinho.— Me abaixei pra fazer um carinho no valente, vulgo o melhor cachorro do mundo. Nunca vi filhotinho mais bonzinho do que esse e além de tudo, está sempre querendo ficar perto de mim como se estivesse verificando se eu estou bem, e quando ele acha que eu não estou simplesmente deita no meu colo e não sai nem por decreto. O Léo fica todo orgulhoso quando vê o valente vindo conferir se eu estou bem, ele diz que tem certeza que o cachorrinho saiu mesmo do seu sonho e nada pode fazer com que pense diferente.

— Pode ficar tranquilo Valente, eu vou ficar conferindo se ela tá bem mesmo.— Leo disse se abaixando pra fazer o mesmo que eu, um carinho no bebê antes de sairmos. O cachorro parece ter entendido o que o Leonardo disse por que abanou o rabo e deitou na cama, mostrando sua pose de despreocupado já que outra pessoa faria a conferência dele hoje.

Eu ri da interação dos dois e me levantei, se depender da minha vontade de ficar fazendo carinho nessa bolinha de pelos graciosa eu vou desistir de sair e vou ficar aqui dando toda minha atenção pra ele.

— Vem, tem uma coisa que eu quero saber como é.— Leo puxou a minha mão e entrelaçou os nossos dedos enquanto caminhamos na direção do elevador.

— Que coisa?— Perguntei franzindo as sobrancelhas confusa, o elevador chegou e nós entramos.

— Queria saber como é andar com as mãos assim. — Ele respondeu ficando com as bochechas vermelhas e olhando pra nossas mãos.

Eu também nunca fiquei assim, de mais dadas com ninguém. Acho que estamos tendo primeiras experiências com quase tudo relacionado a relacionamento um com o outro, o que só faz com que tudo seja ainda mais especial.

Debaixo Do Mesmo Telhado - Livro 1 Da Série: Família Drummond Onde histórias criam vida. Descubra agora