XVI. Ísis e Olivia

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Certo dia, deitadas em um pano velho sobre a grama do luar, Olivia fazia carinho entre os fios de cabelo da amada. Estavam ali, em silêncio, demonstrando em mil palavras mudas o que sentiam.

— E o seu, Ísis? — a loira perguntou, se entregando a deitar do lado da garota e contemplar o céu.

A outra recebeu com uma cara de confusão.

— O meu o quê?

— Dias atrás me perguntou qual era meu doce favorito. — sussurrou, contente por só a Lua ouvir suas conversas. — Quais são os seus?

Diferente de Olivia, ela não hesitou nem um pouco, apenas apertou os lábios.

— Pirulitos. Com certeza são meus favoritos.

(×)

— Você... Você é Son Hyejoo? — o menino perguntou, tomado pelo medo, para a alfa a sua frente que se segurava para não rosnar.

— S-Sou... — murmurou, com dificuldade, sobrepondo os pensamentos de seu lobo.

O menino pareceu desconfiar, e muito, mas estava com medo demais para fazer algo. Ele estendeu um molho de chaves para a Son, dando espaço para ela entrar. O cheiro de Chaewon estava impregnando na sua roupa e na sua cabeça, de modo que só conseguia pensar nela.

— Ér... Meus pais e eu iremos para um hotel, para dar... privacidade. Tem meu número em um papel entre as chaves, me liga quando acabar... isso. — ele disse, fechando a porta e saindo de casa. Era melhor ele receber Hyejoo do que sua mãe.

Hyejoo escutou gemidos cada vez mais altos vindo de cima, a fazendo ter reviravoltas no seu estômago. O lobo só pensava em achar Chaewon, precisava disso. Subiu as escadas incrivelmente devagar, soltando pequenos gemidos conforme sua dedicação a controlar o próprio corpo diminuía. A sensação era como se, aos poucos, estivesse ficando cega, guiada por nada além do instinto. Não foi difícil se guiar pelo cheiro, adentrando suas narinas e a corroendo por dentro, então, quando chegou ao segundo andar, seus pés alçaram a porta do quarto de hóspedes com vigor.

Abriu, com as mãos firmes, a porta.

Chaewon a encarava com os olhos claros, o rosto tão vermelho que parecia queimar perante o ar. Naquela altura, tinha conseguido um jeito de tirar sua calça jeans, de forma que a pele pálida de suas pernas ficasse a mostra. Sua boca entreaberta esperava por Hyejoo. Era como se, desde que percebera que a alfa estava ali, levantou da cama e tentava ir até ela. Estava no meio do quarto, a aura a rodeando e ansiando pela Son.

— Hyeju... Ah, Hyeju... — ela disse, em meio a um sorriso aliviado. Algo bom em meio a bagunça. — Eu... Eu sabia que estaria aqui.

Hyejoo a analisou, o lobo rosnando tão forte e alto que não conseguiu pensar em nada. Seu corpo se esquentou mais na presença da ômega. Seus passos pesados ecoaram quando ela andou até Park Chaewon, que pareceu derreter ao menor toque que essa fez ao puxa-la pela cintura.

— Por que não veio logo? — o tom saiu em meio a um imploro, se sentindo minimamente realizada por sentir o cheiro da sua alfa.

Um feiche de consciência tentou puxar Hyejoo para fora daquilo, aonde ela tivesse plena ciência do que estava fazendo e do que iria fazer. Mas ficava cada vez mais difícil, bem mais difícil quando tinha Park Chaewon esfregando o rosto entre seus seios, extasiada pela fragrância. A sua própria ficava cada vez mais forte, e foi inevitável o rosnado segurado que saiu da boca alheia.

Son Hyejoo queria ter paciência, seu lobo, em contrapartida, não.

Ele já tinha esperado demais.

Mãos ansiosas desceram pelo corpo miúdo de Chaewon, que ofegou a espera da ação da alfa. Essa, segurou a ômega pelas coxas fartas e a puxou para si, de modo que a Park fosse ao colo de Hyejoo a abraçasse com as pernas. As bocas se encaixaram em uma precisão limpa e, ao mesmo tempo, completamente necessitada. Chaewon apertava os ombros alheios, querendo a alfa mais para si, mais e mais contato. A Son apertava a carne da ômega como se ela pudesse ir a algum lugar, mas a outra tinha completa certeza de que não iria a lugar nenhum.

L-LOLLI... POPS! ♡ HyeWonOnde histórias criam vida. Descubra agora