Sobre Classificações e uma Declaração

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Notas Iniciais: Olá ^^Cá estou, morrendo por causa de um resfriado, mas trazendo um capítulo fresquinho u_uBoa leitura ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------


Severus estava ansioso.

Parecia que todo o nervosismo que deveria ter sentido nas semanas que antecederam o teste de classe se cumulou para que fosse sentido apenas no dia em si.

Entretanto, não podia culpar o teste quando a responsabilidade de seu estado era apenas dele mesmo. O que o deixava naquele nível de ansiedade era o fato de ter prometido que, independente do resultado que tivesse, se declararia para Lily assim que saísse daquela sala.

Seu medo de rejeição era enorme, claro, mas já tinha tudo planejado caso ela dissesse não sentir o mesmo. Ele era bom em esconder sentimentos, e não era como se a amiga fosse desconfiar se ele dissesse que acabara tomando uma de suas poções modificadas e algo tinha dado errado.

Ele poderia não se livrar do coração partido, mas ainda poderia tê-la por perto.

Severus queria poder esperar mais. Quem sabe convidá-la para sair assim que se formassem, mas tudo parecia conspirar contra ele, que, decidido, não voltaria atrás.

O motivo de precisar ser naquele momento em questão? Simples. Lily parecia muito inclinada aos gracejos de Potter e, por menos confiante que fosse, não a veria ir sem lutar.

Ele podia não ser o homem mais corajoso, mas estava longe de ser um covarde.

- Severus Snape. – a voz do Professor Slughorn soou dentro da enfermaria. O teste era feito em uma sala separada ali dentro, para que Madame Pomfrey não precisasse se descuidar de seus pacientes. – Ora, ora, Sr. Snape. Meu pequeno mestre das poções. – o homem o dirigiu até uma cadeira de espaldar macio, e esperou que o menino se sentasse ali. – Te direi o que será feito para que não se assuste, tudo bem? Mas acredito que conheça melhor do que eu os ingredientes e processos para o preparo da poção que irá tomar. Assim como a pequena Evans. Ficou sabendo que ela é uma ômega? Como se esperava de alguém com as mãos talentosas e olhar atento. Mas, voltando à poção...

- Eu sei como funciona, senhor. – não era uma mentira. Ele conhecia o teste de ambos os mundos, sendo que no bruxo as coisas eram muito mais rápidas e não tinha a adição de uma agulha no processo. – Vou beber e esperar até que meus olhos mudem de cor. Se brilharem em amarelo ou laranja, significa alfa. Se brilharem em azul ou verde, no entanto, significa...

- Ômega. Isso mesmo. E se não houver mudança, o senhor será um beta. – o professor sorria, mas parecia cansado de ouvir ou explicar a mesma coisa para tantos estudantes um atrás do outro. – Vamos, beba. Depois poderá tirar qualquer dúvida com Madame Pomfrey.

Severus respirou fundo, olhando para o copo com atenção antes de virar o líquido de cor roxa em sua boca.

O gosto era amargo e forte, mas conseguiu evitar tossir, fazendo apenas uma careta e fechando os olhos com força.

- A Srta. Evans ficou com belos olhos azuis, mas devo dizer que ela combina muito mais com os verdes de sempre. Ainda bem que a mudança é bem rápida e temporária, certo? Muito bem, muito bem, agora o senhor... Por Merlin! – Slughorn estava de costas, anotando algo em um formulário, mas quando se virou sua surpresa foi tamanha que o coração de Severus falhou uma batida. – Meu Merlin... Isso é inacreditável.

- O que? – a pergunta saiu ríspida, então logo se corrigiu, mesmo que o professor nem parecesse lhe escutar. – O que, senhor?

- Olhe por si mesmo. – um espelho foi empurrado em suas mãos e ele pode contemplar olhos azuis acinzentados, como uma pequena tempestade. Não chegavam a ser cinza, mas, definitivamente não eram apenas azuis. – Você é um ômega Lupus, Sr. Snape. Uma raridade até entre os bruxos. Seus poderes devem ser tão extraordinários quanto seu conhecimento em preparo de poções, meu jovem. Sabia que o último ômega Lupus que nasceu em nossas terras foi Dumbledore? E ele é formidável. Um louco, talvez, mas inquestionavelmente formidável...

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