Sobre Verdades e uma Trégua

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Notas Iniciais: Ai, gente, nem vou enrolar por aqui... Era pra esse capítulo ter saído ontem, mas o Dumbledore não deixou. Briguem com ele.

Boa leitura ^^


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Depois que Lily sumiu na escuridão da enfermaria, pareceu demorar uma eternidade até que Severus ouvisse ou visse alguma movimentação ali. Ele só conseguia escutar a própria respiração ofegante e sentia o coração quase esmagar seu peito, de tão forte e rápido que batia.

A marca doía muito, mas o que o deixava mais desesperado era a quantidade de sangue que saía dali. Nos poucos minutos que levou até Madame Pomfrey acender todas as luzes e chegar perto dele, a gola de sua camiseta já estava encharcada.

- Por Merlin! – Madame Pomfrey não o tranquilizou ao se mostrar tão assustada quanto os alunos. – Srta. Evans, busque o diretor. A senha para a sala dele é... - Dumbledore parecia ter sido convocado, já que atravessou as portas do lugar naquele mesmo instante. – Professor Dumbledore, ainda bem que está aqui.

- Está tudo bem, Papoula... Eu imaginei que, com as circunstâncias da mordida, isso poderia acontecer. – o diretor caminhou até o lado da cama e observou o sangue com um misto de pena e de tristeza no olhar. – Deite-se, Severus. Papoula, traga uma poção de reposição de sangue, por favor e... Lily, minha querida, poderia chamar Sirius para uma conversa importante? – ela concordou, mas quando deu o primeiro passo parou ao ouvir o amigo reclamar.

- Por que o Black? Eu não quero ele aqui. – parecia que falar apenas o deixava mais fraco, porque sentiu uma pequena tontura quando protestou.

- Isso, infelizmente, está além de suas vontades, Severus. Vá, Lily. Não se demore, tudo bem?

Ela engoliu em seco e olhou para Severus com apreensão antes de sumir pelas portas de madeira. Madame Pomfrey fez o mesmo, mas indo até onde guardava as poções para pegar a que Dumbledore pedira.

- O que tem de errado comigo? – conseguiu finalmente perguntar, enquanto deitava de volta sob as cobertas, ignorando o fato de que seu sangue mancharia a fronha e o lençol brancos.

Dumbledore suspirou e sentou-se no lugar de Lily.

- Nós somos muito raros nesse mundo, e não se tem muita certeza do que pode perturbar a natureza de um ômega lupus. No entanto, o que eu sei deve ser o suficiente para que você se mantenha saudável por muitas décadas, mas é melhor esperar até que Sirius possa participar dessa conversa conosco. – a resposta evasiva não ajudava em nada, na verdade apenas o fazia ter certeza que o diretor sabia mais do que estava dizendo, mas também não adiantava gastar suas forças perguntando, porque Dumbledore era o tipo de pessoas que nunca daria uma resposta direta se não estivesse interessado em fazê-lo.

Eles ficaram ali em silêncio, até Madame Pomfrey retornar com alguns frascos, que colocou na mesa de cabeceira.

- Fique calma, Papoula. Ele não vai se esvair em sangue até morrer. – Dumbledore falou com calma, apontando para o lugar onde Severus sabia estar sua marca, mas não tinha como enxergar sem um espelho. – Vê? O sangue está parando de sair.

- Isso é tão esquisito. – a enfermeira chegou bem perto e constatou que o sangramento realmente estava diminuindo assim como tinha começado.

- Mas ainda dói. – a reclamação do aluno fez os dois olharem para seu rosto.

- Apenas relaxe e aguarde, que logo tudo ficará bem. Agora beba as poções que Madame Pomfrey vai te dar.

Severus foi instruído a beber um frasco todo da poção escarlate de reposição de sangue e mais um de cor amarelada, que, pelo gosto amargo, ele sabia que era para diminuir a dor.

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