Sobre histórias e dar uma chance para o amor

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Notas Iniciais:Meus Deuses, eu atrasei esse capítulo horrores!!!DESCULPA!!!Era pra ter saído segunda, mas eu me enfiei em um projeto pro sábado e só consegui parar pra escrever ontem e hoje.Não vou enrolar muito.Boa leitura ^^ P.S: Relevem qualquer errinho. Tô caindo de sono. Terminei e postei.----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------


Eileen estranhou muito o comportamento de seu filho quando a semana de entre o Natal e o Ano Novo chegou e ele foi para casa ficar com ela.

No começo até achou normal que ele ficasse entocado no quarto, como fazia com frequência para não olhar para Tobias, mas depois de somar o fato do homem não estar mais ali com as recusas de Severus em ver ou falar com a menina dos Evans, Eileen se deu conta que algo estava bem errado.

- Posso entrar? – ela não esperou a resposta dele quando bateu em sua porta naquela manhã, mas também não entrou totalmente, ficando parada com uma bandeja de café da manhã nos braços.

Severus suspirou, e, mesmo que sua expressão mostrasse que não estava muito inclinado à companhia de ninguém, concordou com a cabeça e sento-se de forma mais ereta na cama, deixando que a mãe colocasse a bandeja sobre seu colo e sentasse ao seu lado.

Ele pegou a xícara de café e deixou o cheiro forte invadir seus sentidos, enquanto esperava pelo que sabia que viria.

Não era como se quisesse esconder as coisas da mãe, mas também não lhe agradava de nenhuma forma decepcioná-la com a história de uma mordida por acidente e uma brincadeira de mal gosto de um alfa idiota por quem estava terrivelmente apaixonado. Tampouco queria assustá-la, mesmo que aqueles dias longe de Black não tivesse lhe causado nenhum mal além da dor no coração, que ele sabia muito bem que estava longe de ser física.

Mesmo assim, não mentiria mais. Diria tudo o que ela quisesse saber, porque assim evitaria qualquer tipo de dor de cabeça.

Para a sua surpresa, Eileen começou a conversa de outra forma que não uma pergunta.

- Eu sei que está triste, meu filho, e que não quer compartilhar suas mágoas com ninguém, porque acha que isso vai demonstrar que você é fraco. – ela segurou sua mão livre entre as dela e sorriu de uma forma que Severus nunca a tinha visto sorrir antes. Sabia que a ausência do pai tinha feito bem a ela, mas ver aquilo com seus próprios olhos era um bálsamo. Esperava que o homem não retornasse nunca mais. – Parte disso é culpa minha, eu sei. Mesmo que negue, eu sei que as minhas escolhas no passado causaram seus sofrimentos hoje, mas eu estou melhorando e espero ser uma mãe melhor e que eu possa te ajudar e ser sua amiga também. – Severus tentou protestar e dizer que Eileen não tinha culpa de nenhuma das coisas ruins que tinham acontecido até então, mas ela apertou sua mão com carinho e o olhou com tanta dor que ele se calou.

Eles ficaram daquela forma por algum tempo, até ele ter coragem de dizer algo.

- Eu só queria entender o porquê os Prince sempre acabam em amores tóxicos e destrutivos como o seu com o Tobias, e o meu... – não disse o sobrenome, mas a imagem de Sirius apareceu em sua mente e o fez querer se encolher, mesmo que não o tivesse feito para não derrubar a bandeja.

Eileen sorriu, triste, como costumava fazer quando o marido ainda ocupava aquela casa.

- Seu pai não foi um amor, Severus, ele foi uma escolha errada, feita em um momento de raiva e descontrole. – ele a olhou, confuso. – Vou te contar uma história, que eu evito há dezenove anos.

- E isso tem a ver com o meu pai?

- Com ele e com você, na verdade. – ele pareceu pensar um pouco e começou a falar tranquila, mas visivelmente com um pouco de pesar. – Eu sou filha única de uma família muito rica. Seus avós nunca tiveram poder como os Malfoy ou os Black, mas eram tão esnobes quanto. Sua avó era uma alfa lupus e vinha de uma linhagem de mulheres alfa, então, quando minha classificação veio, eles ficaram furiosos, já que perderiam a chance de eu ser a cabeça da família no casamento que queriam me arrumar. Sabe como as coisas eram... Alfas melhores que ômegas. Ainda é um pouco assim, mas os bruxos melhoraram bastante nesse assunto. – ouvir o sobrenome que evitara dizer, fez o estômago de Severus revirar, mas ele ignorou. – Enfim, sendo uma ômega, o melhor que poderiam fazer era arrumar um marido ou esposa alfa, então eu estava sempre nas melhores festas, nas reuniões mais importantes, e meu pai quase colocava uma placa de "vende-se" no meu pescoço, para conseguir um casamento que ele considerasse bom o suficiente para a nossa família. Mas...

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