10. phoebe muller

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"A necessidade te fará compactuar com teu pior inimigo."

Cansada de ficar sozinha em casa, resolvi que seria uma boa ideia ir até uma academia para me exercitar

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Cansada de ficar sozinha em casa, resolvi que seria uma boa ideia ir até uma academia para me exercitar. Por mais que eu tivesse um local próprio para isso em minha casa, dessa vez preferi ir à um lugar onde eu pudesse ver outras pessoas. Talvez assim eu me sentisse menos solitária.

Depois de terminar a ginástica, peguei minha garrafinha de água com o intuito de ir direto para o bebedouro.

Podia sentir que minha pele estava vermelha, pelo calor que transcorria sob ela.

- Senhorita Muller! - fui abordada por Vinnie Hacker assim que cheguei ao bebedouro.

- Hacker. - acenei com a cabeça.

- Não imaginei que um dia te veria em uma academia. Pessoas ricas não tem um tipo de espaço próprio em casa? - a maneira como ele conversava despreocupado comigo era irritante.

- Isso não me impede de querer vir à um lugar mais frequentado. - dei de ombros.

- Faz bem. Não há nada mais saudável do que o contato humano. - ele deu um gole em sua água e eu observei uma gota percorrer sua boca, depois seu pescoço, até ser parada pela camiseta de algodão que ele usava.

Era a primeira vez que eu via os braços que ficavam escondidos debaixo das camisas sociais que ele vestia na empresa.

Involuntariamente, corri meus olhos por seus músculos, me perguntando o quanto ele se esforça para cultivá-los. Nem notei que estava com a boca levemente aberta. Vinnie olhou para mim e depois em direção aos seus braços, onde meus olhos se fixavam.

- Eu costumo treinar às vezes, mas a maior parte disso é genética. - sorriu de lado.

- O que? - balancei a cabeça em confusão.

Ele riu pelo nariz e se aproximou, deixando um pequeno espaço para que nossos corpos não se tocassem.

- Percebo que se preocupa em ter um corpo saudável. - ele disse com um tom de voz mais baixo.

- Percebe?

- É... - esquivou um pouco a cabeça para me olhar de cima a baixo. - Percebo.

Ficamos em silêncio enquanto nos encarávamos. Não sabia dizer se ele estava tirando uma com a minha cara, ou se estava mesmo dando em cima de mim.

Seja lá o que fosse, qualquer uma das respostas era desrespeitosa e me dava vontade de esgana-lo.

Mas naquele momento, eu não consegui dizer nada e paralisei olhando aquele mar castanho dos olhos dele que me prendiam como imãs.

- Phoebe! - uma voz feminina, irritantemente familiar cortou toda a cena. - Que surpresa te ver aqui, sempre achei que odiasse estar cercada de pessoas. - ela forçou um abraço e eu não disfarcei minha cara de descontente.

𝗗𝗢𝗡𝗔 𝗗𝗘 𝗠𝗜𝗠 ✗ vinnie hacker Onde histórias criam vida. Descubra agora