52. phoebe muller

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- Então, vocês vão adotar uma criança? - Allan disse, enquanto adoçava seu suco de laranja.

- Pois é. Sabemos que é um passo grande, mas gostamos muito do Bernard e queremos uma família.

- É realmente um passo grande. - suspirou. - Bom, te desejo toda a sorte do mundo.

- Obrigada. - arqueei as sobrancelhas em sinal de surpresa. - Agora vamos, por que está sendo tão gentil comigo?

- Por que você não pode acreditar que eu te vejo de um jeito diferente agora? - falou num tom impaciente.

- Fala de quando você foi até a minha casa com um buquê de flores dar em cima de mim? - dei risada.

- Aquilo só não deu certo porque o Vinnie chegou lá primeiro. - riu.

- Eu vou deixar você se consolar com esse pensamento. - brinquei.

- Admita, nós formamos uma boa dupla.

- É verdade que quando nós colaboramos, as coisas saem muito bem. Mas isso não significa que você não seja um idiota.

- Phoebe, você poderia por favor me perdoar?Aqueles eram tempos difíceis, nós ainda estávamos começando na presidência das empresas e tudo era tão complicado... se eu não tivesse te passado a perna, você não seria metade da mulher que é hoje.

- Você quer que eu te agradeça? - franzi a testa.

- Não necessariamente. Eu quero só que você olhe pra trás e perceba os frutos que está colhendo de tudo o que aconteceu no passado.

- Tem razão, quem deveria agradecer é você. Se não tivesse me passado a perna, não teria metade da fortuna que tem hoje. - sorri com deboche.

- Eu consegui reacender a empresa da minha família, mas a que preço? Eu perdi a minha melhor amiga. - ele disse, desapontado.

- Está mesmo sendo sincero?

- Nunca fui tão sincero. Você deveria acreditar, até porque, eu não ganho nada com o seu perdão, mas mesmo assim estou pedindo.

- Ok, Allan, eu vou perdoar você. Mas sempre vou estar de olhos bem abertos.

- Tudo bem, eu entendo. Já é um começo. Enfim... como andam as coisas com você e o Vinnie?

- No geral, tudo bem. - eu disse confiante. - Só uma assistente ou outra pra atrapalhar. - resmunguei baixo, achando que ele não ouviria.

- Assistente? Como assim?

- Não, não é nada. - sorri.

- Se quiser desabafar... - deu de ombros.

- Só uma pergunta. Com quantas assistentes suas você já saiu?

- Hm... com todas. - deu risada. - Espera... acha que o Vinnie tá saindo com a assistente dele? - arregalou os olhos.

- Não! Ele não faria isso! Mas ela... - desviei o olhar.

- Se você está insegura, por que não a demite?

- Assim tão fácil? Sem justa causa?

- A justa causa é que ela torna o ambiente desconfortável para você.

- Eu não posso fazer isso com a garota.

- Claro que pode. Você é a dona daquela empresa, não pode manter inseguranças com os funcionários.

- A última vez que isso aconteceu, eu acabei transando com o funcionário. - dei risada me lembrando da minha relação tensa com o Vinnie.

- Ok... - Allan riu sem jeito. - Só demita ela e resolva os seus problemas.

𝗗𝗢𝗡𝗔 𝗗𝗘 𝗠𝗜𝗠 ✗ vinnie hacker Onde histórias criam vida. Descubra agora