53. vinnie hacker

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Já na empresa, segunda de manhã, eu me dirigi até o estúdio de gravação, para acompanhar o processo de criação de um comercial que eu havia aprovado pessoalmente

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Já na empresa, segunda de manhã, eu me dirigi até o estúdio de gravação, para acompanhar o processo de criação de um comercial que eu havia aprovado pessoalmente.
Eu assistia e também dava alguns palpites e todos me ouviam ali, sem nem questionar. E mesmo sabendo que isso tudo era porque eu era o chefe, ainda me era estranho ter esse tipo de poder.

- Lise, você pode me trazer um café? - falei para ela, que estava sentada ao meu lado, tão atenta quanto eu.

- Claro. Puro e sem açúcar, certo?

- Isso mesmo. - sorri de lado.

- Eu já volto. - ela levantou e saiu.

- Vinnie? - ouvi meu nome ser chamado e olhei em direção a porta, onde Mabel estava em pé. - Tenho que falar com você. - levantei de onde estava e nós dois fomos até o corredor.

- Algum problema? - perguntei.

- Não. Só coisa básica. Aqui está o feedback dos funcionários do seu setor, catalogados dos melhores aos piores. - ela me entregou uma pasta. - Eu fiz uma lista com os nomes dos funcionários que são dispensáveis e os motivos de serem. Você decide o que fazer com eles.

- Como assim? - franzi a testa.

- Você é um chefe. - riu. - Tem que decidir como melhorá-los, ou decidir demiti-los... - deu de ombros.

- Espero não ter que demitir ninguém. - abri a pasta e no fim da lista, o pior funcionário era Henri Cortez.

- A mãe do Henri ainda está doente? - perguntei sem olhar para ela.

- Não. Na verdade, ela já voltou a trabalhar.

- Ótimo. - fechei a pasta e sorri vitorioso.

- Vai demitir ele?

- Ele não é um bom funcionário e eu não tenho interesse nenhum em tentar ajudar.

- Isso é tão "senhorita Muller". - falou em tom de graça.

- Acha que eu tô errado?

- Não. O Henri mais gasta do que lucra e você não tem que conviver com alguém de quem não gosta.

- Ok. Então, eu vou demiti-lo, mas só depois que eu decidir quem mais vai pra forca. Melhor eu fazer isso agora.

- Antes de fazer isso, a Phoebe quer muito falar com você. Ela disse que é importante.

- Eu já vou indo.

Continuei na sala de gravação até que Lise retornasse com o meu café.

- Lise, eu vou falar com a Phoebe, guarde essa pasta na minha sala e não deixe que ninguém veja. - entreguei o material nas mãos dela.

- Ok.

Sem demora, fui até a sala de Phoebe. Quando entrei, ela andava de um lado para o outro e esfregava uma mão na outra, parecendo nervosa.

𝗗𝗢𝗡𝗔 𝗗𝗘 𝗠𝗜𝗠 ✗ vinnie hacker Onde histórias criam vida. Descubra agora