Capítulo Dois

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___ CAPÍTULO DOIS ___

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___ CAPÍTULO DOIS ___

Uma Visita Inesperada

POV Especial - Laiana

— Vaamooss entrandooo!!!

Ao som de uma música folclórica, que lembrava um ambiente agreste e bucólico, o animador da quadrilha dava início ao momento mais aguardado daquela noite: a dança. Um esquadrão de pessoas caracterizadas com andrajos, que simulava um ambiente pacóvio e rústico, entraram correndo e baloiçando os pés e quadris no ritmo da música, enfunando o salão de dança.

— Cavalheiros, cumprimentem as damas!!

Obedecendo fielmente o animador, a multidão de dançarinos passaram a cumprimentar seus pares.

Dentro daquele turbilhão de cores raiadas das esgarçadas camisas em xadrez, bandeirolas e balões coloridos que adejavam no alto do salão, uma menininha que não ultrapassava os dez anos de idade, diferenciava-se dos demais por vestir uma roupa toda branca.

Não era a primeira festa junina de Laiana, portanto, ela sabia muito bem seus passos dentro da quadrilha. Após o cumprimento das damas e cavalheiros, a dança seguiria para um passeio em círculo, juntamente com seu par (um menininho de olhos verdes e cabelos escuros chamado Guilherme), após, todos os casais virariam-se de frente um para o outro e, depois, deviam guindar as mãos, formando-se um arco. Com efeito, os casais passariam por dentro do arco, fazendo-se uma espécie de túnel.

Laiana já tinha ensaiado tudo. Contudo, era a sua primeira vez como noiva da quadrilha, o que lhe fazia puxar o ar para seus pulmões com muita força, como em um ofego que denunciava seu nervosismo.

Mas à medida em que a viola, o violão, a sanfona, o triângulo e a zabumba aumentavam o ritmo da música e da dança, culminando-se em uma melodia prazerosa e convidativa, mais qualquer preocupação deixava as células de seu cérebro, dando lugar a mais genuína felicidade, provocada pela euforia do folguedo e da farra que apenas aquela festa poderia oferecer.

Antes que pudesse perceber, não mais importava com o roteiro da dança. A diversão em dançar juntamente com seus pais, Dayane e Carlos Baleroni, e seu amigo, Guilherme Barroso, varria todas suas preocupações, possibilitando um bailado agitado e, no seu caso, carregado de uma leveza que beirava o vôo, em detrimento de toda ilibação e obrigatoriedade de uma conduta decorosa e recatada que exigiam à unigênita da Família Baleroni.

— Não vai dançar hoje, Laiana?

A reminiscência da última festa junina em que estivera com sua mãe foi arrebatada em um estupefato. Laiana disfarçou o susto arrumando o protuberante chapéu de palha e, esguelhando ao recém chegado um olhar impertinente, respondeu em um muxoxo:

— Não, não vou. E você não tinha viajado?

— Voltei ontem – Guilherme respondeu.

— E como ela está?

Sophia e o CasteloBruxo - Livro 03Onde histórias criam vida. Descubra agora