Capítulo Sete

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___ CAPÍTULO SETE ___

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___ CAPÍTULO SETE ___

O Beco Diagonal

Talvez fosse porque o motorista estivesse com pressa, ou talvez fosse porque Sophia estivesse perdida em seus pensamentos sobre Natalie, mas o trajeto entre o St. Mungus e Charing Cross, um grande centro de Londres, foi rápido. O motorista reduziu a marcha e silenciosamente estacionou o veículo em frente a um lugarzinho chamado Caldeirão Furado.

— Chegamos. – O motorista anunciou, despertando Sophia de seus devaneios. – Eu tenho que buscar uma Assessora Especial da embaixada brasileira, mas devo retornar para buscá-las em duas horas. Esperem por mim.

Assim como muitas coisas no mundo mágico, que não deviam chamar a atenção ou transparecer um lugar a ser evitado, o pub era um lugarzinho com aparência de dar pena perto dos outros estabelecimentos ao lado, como uma grande livraria muito mais atraente ou uma loja de discos cheia de novidades.

Sophia imaginou que, assim como a Lei de Fawcett no Brasil, havia alguma lei de sigilo mágico ali também, afinal, assim coexistiam as sociedades bruxas e trouxas. No silêncio e anonimato.

No entanto, mesmo sendo um lugar dissimulado para evitar olhares curiosos dos trouxas, o local estava extremamente deserto e abandonado. Um senhor muito velho, com a pele toda enrugada, estava sentado atrás do balcão, parecendo entediado, mas se animou ao ver as garotas entrarem pelo estabelecimento.

Anika dirigiu-se diretamente até ele.

— Com licença, senhor. Como podemos chegar ao Beco Diagonal? – Anika inquiriu.

— Ah... – A lampeira animação do homem vetusto se esvaiu como o ar de uma bexiga de balão. – Assuntos de Hogwarts, imagino. – Ele respondeu desgostoso.

— Sim, isso mesmo. – Anika confirmou. – E então?

— Basta bater três vezes em um dos tijolos da parede dos fundos. – O velho resmungou. – Três para cima... dois para o lado.

Anika agradeceu e fez um sinal para Sophia segui-la. Elas atravessaram o bar e chegaram a um pátio frio nos fundos, onde não havia nada além de algumas latas de lixo. Sophia começou a contar mentalmente os tijolos quando Anika deu três batidinhas em um deles.

—Tem certeza que é esse? – Sophia questionou.

Anika não precisou responder. O tijolo estremeceu e se torceu, revelando um pequeno buraco que foi se alargando até formar um arco, revelando uma tortuosa rua de pedras. Lembrava muito a Travessa João Telles de Menezes. No entanto, era uma versão sem vida e muito menos colorida.

Nas vitrines das lojas, ao invés de cartazes promocionais de vassouras, caldeirões e outros itens mágicos, havia um amontoado de cartazes roxos e sombrios do Ministério da Magia, semelhantes aos que Alanza Alves havia lido para seus pais.

Sophia e o CasteloBruxo - Livro 03Onde histórias criam vida. Descubra agora