Capítulo Onze

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___ CAPÍTULO ONZE ___

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___ CAPÍTULO ONZE ___

A Comissão Parlamentar de Administração e Direito

POV especial: Laiana

— MEU DEUS DO CÉU! VOCÊ ESTÁ BEM?

Laiana tirou os olhos da janela, onde observava uma única árvore frondosa, retorcida, com um aspecto muito seco e de tonalidade amarelada no meio de um vasto campo limpo, típico de uma vegetação savânica do cerrado brasileiro, e olhou para a porta.

Na cabine do trem, apresentou-se um menino moreno que usava óculos e tinha cabelos lisos penteados para o lado. Ele trazia uma porção de doces em suas mãos, como garras de menta e pirulitos de trinta e dois sabores. Reyes Martinez fechou a cabine n°. 09, deixou as guloseimas espalhadas no banco de qualquer maneira e se aproximou.

— O que aconteceu com você? – perguntou Reyes, inclinando-se em sua direção, parecendo muito preocupado.

— Oi, Reyes! Não foi nada. E você? Está bem?

— Como assim não foi nada? Sua boca está inchada e você tem um olho roxo!

Laiana crispou os lábios e fingiu não ter ouvido o comentário, desviando o olhar até a solitária árvore amarelada, em razão da forte incidência do sol.

— Não vai me contar?

— Foi só um desentendimento com Mirella – explicou Laiana ante a insistência do menino.

— Foi ela quem fez isso com você?

— Lógico que não! Está achando que eu apanharia daquela lambisgóia nojenta? – Laiana retrucou mordazmente.

— Claro que não – Reyes acrescentou rapidamente. – Mas queria saber o que aconteceu...

— Está bem, está bem, está bem! – Laiana cedeu e suspirou fundo.

"Eu fui guardar meu malão e aquela rapariga começou a embaciar a memória da minha mãe, insinuando que ela era uma preguiçosa sem eira nem beira que não era amada pela própria família e precisava rebolar por aí para...".

— Tudo bem, tudo bem! Eu já entendi – Reyes interrompeu a amiga, que fazia um esforço debalde para conter as lágrimas.

— Enfim – disse Laiana, esfregando os olhos. – Estou farta da Mirella e de tudo o que os pais dela representam. Então, eu não quis saber de nada e fui para cima dela. O problema é que não tinha visto Lucas Moreira atrás de mim. Foi ele quem fez tudo isso.

— Ano passado, ela quase foi expulsa, não é mesmo? Vamos falar com os professores e não vamos deixar barato assim!

— Se você está achando que eu saí perdendo, você devia ver a cara daquela mocréia recheada de furúnculos enormes e asquerosos – Laiana então deixou escapar um sorrisinho maroto abarrotado de maldade. – Eu realizei a azaração do furnunculus. Particularmente, achei que os furúnculos repulsivos combinam com aquela porca nojenta e desagradável.

Sophia e o CasteloBruxo - Livro 03Onde histórias criam vida. Descubra agora