Capítulo 10 - Contrato

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Oii lindes e perfeites, vim com mais um capítulo. Fiquei feliz e satisfeita com esse capítulo? Não. Postei mesmo assim? Claro. Espero que vocês achem melhor do que eu.

s/n não tinha outra escolha, ela precisava ir atrás de Camila. Não importava o que acontecesse, ela precisava da latina como Hailee tinha dito mais cedo. Embora fosse incapaz de manipular alguém como Hailee disse.

- Camila - s/n gritou correndo atrás da mulher e, por algum motivo estranho, Camila tinha se virado instantaneamente.

- O que foi, s/n?

- Me desculpa, okay? Eu fui babaca.

- Eu tô cansada, s/n. Disso tudo.

- Como assim Camila?

- Não dá, todo lugar que nós vamos tem alguém dando em cima de você e...

- Espera. Você está com ciúmes? - s/n tentava esconder o seu sorriso.

- De você? Lógico que não - Camila tentou usar o seu tom mais convincente - Mas eu tenho uma reputação a zelar como a sua "alma gêmea".

- Então você finalmente aceitou que nós somos almas gêmeas? - s/n tentava esconder o seu tom de deboche, falhando totalmente.

- Não me olhe dessa forma, é temporário - s/n levantou os braços em rendição - Só não quero ficar com reputação de corna.

- Mas eu não te traí, Camila.

- Ainda. Por isso eu pensei e resolvi tomar uma medida drástica - s/n mantinha uma cara de paisagem, já Camila não se deixou ser intimidada por ela - Janet, eu preciso de um caderno e uma caneta.

- O que diabos você tá fazendo? - s/n encarava Camila que escrevia no caderno.

- Um contrato.

- Um contrato? - Camila estendeu o caderno pra s/n que encarava o papel tentando entender aquilo.

- Almas gêmeas por contrato - Camila disse com um sorriso no rosto.

- Cláusula primeira: jurar fidelidade, demostrar afeto em público, jurar que são apaixonadas uma pela outra.

- É o que toda alma gêmea faz.

- Cláusula segunda, não dar atenção para as outras mulheres.

- Acho que isso é bem explicativo. Você me ama e só tem olhos pra mim. Sem números no copinho de sorvete.

- Cláusula terceira, amizade com benefícios.

- Você sabe. Embora sejamos amigas, todas nós temos necessidades e uma vai estar sempre pra outra quando precisar de algo mais íntimo.

- Cláusula quatro, não se apaixonar.

- O que achou? - Camila olhava pra mulher em expectativa.

Aquilo seria tão conveniente pra s/n, elas poderiam fingir estar apaixonadas e Hailee não ficaria insistindo naquele plano sem sentido. Se elas virassem amigas, Camila acabaria ajudando s/n pela amizade.  Porém, os princípios de s/n negavam aquilo, não se podia construir nada daquela forma, aquilo só iria machuca-las.

- Insano. Não se pode construir uma relação por um contrato.

- Claro que posso. Isso é o que eu acabei de fazer.

- Mas...

- Isso só traz benefícios. Se você aceitar, nós não teremos tantos conflitos como agora e eu prometo ser mais legal que você.

- E se uma das cláusulas forem quebradas?

- Nós vamos conversar e lidar como adultas diante da situação.

- Isso não vai dar certo - s/n estendeu o caderno para a latina - Você precisa encarar a realidade, Camila. Nós somos almas gêmeas e não precisamos fingir nada pra ninguém.

- Pra você é fácil falar, todos ficam dando em cima de você como se fosse um pedaço de carne.

- Eu não entendo esses seus ciúmes, você mesma disse que não era a minha alma gêmea. Nós poderíamos ser amigas e namorar outras pessoas, qual é o mal disso? Dinah e Normani, por exemplo, se amam, mas também ficam com outras pessoas do bom lugar.

- Não me venha falar da Dinah - Camila soou em tom agressivo.

- Você tem que entender, Camila. Eu só aceito uma coisa: ou você me dá tudo de si ou me dá nada.  Nós já estamos mortas, carambolas. Eu não quero ficar fingindo algo, só porque alguém quer. Não estou mais no ensino médio. Eu quero viver a minha vida... pós morte, não sei até quando eu vou durar aqui.

- Você não entende, eu...

- O que vai ser, Camila?

Naquele instante a latina estava perdida. Ela não sabia o que decidir, algo dizia que ela realmente gostava de s/n, mas não conseguia dar o braço a torcer. Ela nunca pensou em fazer o que passava em sua cabeça por toda a sua vida, talvez a morte tenha afetado a sua cabeça e aquilo não parecia tão insano.

- Tá bom - Camila respondeu de forma vaga - Mas se nós duas vamos ter algum romance, você precisa respeitar o meu tempo e...

Antes que Camila pudesse continuar sua fala, ela foi surpreendida pelos lábios macios de s/n em contato com os seus. Um sorriso surgiu em seu rosto, s/n poderia jurar que a latina estava gostando daquele simples roçar de lábios. Até que Camila pediu passagem com a língua. Aquele beijo estava mexendo com as duas.

- Uau - Camila falou após desfazer o contato necessitando de ar, mas s/n logo partiu pra cima novamente da mulher.

- Calma apressadinha. O que foi isso?

- Eu querendo te beijar de novo? - s/n disse avançando novamente e Camila a olhava indignada - O que?

- Você precisa respeitar os meus limites - A latina falou autoritária.

- E quais são os seus limites? - s/n perguntou olhando hipnotizada pela boca da latina. Ela nunca tinha tido um beijo tão bom em toda a sua vida.

- Primeiro: nós temos que nos conhecer mais e ir a encontros antes de dormirmos juntas, então cada uma num quarto - s/n concordou sem prestar muita atenção.

- Claro.

- Segundo: sem me beijar de surpresa.

- Uhum.

- Terceiro...

Camila foi interrompida novamente com os lábios de s/n. Embora a latina tentasse  se afastar, as borboletas de seu estômago e a sensação de completude, associadas ao calor que percorria o seu corpo a impedia de lutar contra aquele beijo.

- Por que nós não paramos com essa coisa de cláusulas ou regras? - s/n disse separando o beijo - Podemos ser s/n e Camila, nada mais. 

- Eu... - s/n fazia leves carícias no rosto da latina.

- Só tenta, okay?

- Tudo bem - Camila se deu por vencida, o que ela poderia fazer? s/n tinha um efeito sobre ela.

Até a próxima

Soul haters  - Camila/youOnde histórias criam vida. Descubra agora