Problemas

187 18 1
                                    

Luna Russel

O dia amanheceu como todos os outros, mas por algum motivo eu sentia que esse seria diferente, e não parecia ser para algo bom.

Meus irmãos logo foram chamados para uma reunião da matilha, eles não sabiam o motivo e eu decidi não acompanhar, pois não me sentia parte daquilo.

Segui fazendo minhas próprias coisas na casa, até que a sensação pesada em meu peito fica tão forte que a única coisa que eu penso é ir até a floresta me conectar e buscar por respostas.

Não levo mais que cinco minutos para juntar todas as minhas coisas e caminho em direção a área arborizada atrás da casa, deixo que meus sentidos me levem sem devidir um caminho, e logo sou forçada a parar sentindo meu subconsciente pedir por aquilo.

Arrumo minhas coisas ali, um círculo de terra fina e cinzas, espalho as ervas para fortalecer minha ligação e então me ajoelho no chão, sentando sobre minhas pernas.

A conexão é quase imediata e o que eu vejo me enche os olhos de lágrimas, a neve branca que aparecia em minha mente consegue gelar minhas pernas que estavam na terra no meio da floresta e não em um descampado como a imagem.

As gotas de sangue e a ameaça inflingida me deixa nervosa, e a única coisa além da planície coberta de neve é uma garotinha. Ela devia ter seus oito anos e eu só ouço um pedido baixo de proteção antes de tudo sumir.

Abro meus olhos com o peito apertado e lágrimas correndo pelo meu rosto.

Respiro fundo ouvindo passos rápidos em minha direção e vejo Archie e Seth, ambos pareciam preocupados.

- Tudo bem Luna? Archie diz na beira do círculo de cinzas, me olhando preocupado mas sem romper a barreira.

- Sim, eu tive uma visão. Digo para ele aue compreende mas não deixa de ficar preocupado, meu estado não deveria favorecer.

Quebro o círculo com um movimento com a mão e ele rapidamente me ajuda a levantar, tirando a terra de minha pernas com tapinhas e avaliando os machucados pequenos ali.

- Espero que não tenha nada a ver com a notícia nova. Mas te querem na casa dos Cullen. Ele diz me olhando sério e eu franzo as sobrancelhas. 

Os Cullen eram os vampiros que moravam em Forks e eu não entendia muito bem o motivo disso.

Mas vou até lá acompanhada deles e dirigindo o carro, Seth guiava o caminho.

Chegando na casa somos recebidos por uma mulher muito simpática.

- Prazer, eu sou a Esme, sejam bem-vindos. Ela diz para mim e Archie, cumprimentando cada um com a mão e dando um abraço em Seth que já a conhecia.

Eu fico mais tranquila em sentir que ela não tinha intenções ruins para conosco, parecia realmente uma mãe.

Os outros vampiros da casa nos comprimentam com a cabeça ou com acenos, posso sentir que não é por nossa causa que o clima na casa está pesado.

Somos guiados até a sala e senti Jacob lá antes mesmo de vê-lo, ele estava sentado no sofá junto de uma mulher, ela parecia muito magra para o tamanho dela e parecia doente, tinha o braço dele entre suas mãos e ele parecia aquece-la.

Eu não via o garoto a um dia, já que no posterior a nossa conversa ele já tinha sumido e o clima tinha mudado.

Assim que apareço ele levanta, a mulher abre os olhos com a movimentação dele e o observa vindo até mim.

- Luna, desculpe não ter aparecido aconteceram algumas coisas e estamos tentando resolver. Pedi pra que te trouxessem para ajudar. Ele diz tocando em mim com a mão que não estava na mulher, e eu agradeço, ela tinha cheiro de morte o que me fez franzir as sobrancelhas.

Jacob percebe e eu me sinto culpada por o que ele possa estar pensando, mas não consigo me aproximar dele.

- Jake, quem é ela? A voz fraca da mulher soa e eu olho para ela novamente, ela tinha os olhos em mim.

- Essa é Luna, meu imprint. Ele diz virando de frente para a garota e colocando um braço em minha cintura.

Ela me olha por alguns segundos e abre um sorriso pequeno, mas verdadeiro, parecia realmente feliz em me ver e eu fico confusa até que uma chave estala em minha cabeça.

- Você deve ser a Bella, não é? Eu pergunto a olhando e ela me olha surpresa mas logo acente, acostumada com os vampiros ao redor.

Jacob me olha e parece que quer se explicar por algo mas eu dou de ombros.

Um vampiro loiro me chama a atenção, ele me olhava estranho e eu sentia na pele sua análise.

- Você é uma bruxa? Ele pergunta me surpreendendo.

- Como sabe? Eu pergunto esquiva e ele percebe levantando as mãos.

- Seus sentimentos são intensos demais para uma humana, seu cheiro muito diferente e tem algo místico atrelado em você de um jeito tão forte que só pode ser magia. Ele fala surpreso com tudo isso, parecia sua primeira vez vendo alguém como eu.

- Todos vocês vêem nossos sentimentos? Eu pergunto genuinamente curiosa, parecia injusto que eles tivessem tantos poderes.

- Não querida, apenas alguns de nós possuímos dons, e eles mudam de vampiro para vampiro. Esme é quem me explica de forma doce.

- Jasper controla as emoções. Alice vê o futuro. E Edward lê mentes. Carlise diz apontando para cada um deles, me ajudando a conhecê-los.

Eu olho para Edward, sabendo que ele era quem havia se casado com Bella e que se ele lia mentes, sabia o que eu senti sobre ela quando cheguei.

- Podemos conversar? Ele pergunta também me olhando, eu poderia ver medo no fundo dos seus olhos se observasse com cuidado.

Jacob se mexe ao meu lado parecendo desconfortável com a atenção do vampiri sobre mim, e sua fala.

- Eu quero saber também, é sobre mim que vão falar. Bella diz antes mesmo de qualquer um de nós se manifestar.

Eu olho para ela e não consigo negar, sempre fui empática demais, antes mesmo de meus poderes se manifestarem.

- O que você vai ouvir pode não ser positivo. Eu digo com a voz controlada, não queria piorar sua situação psicológica.

Edward observa nós duas e quando Bella olha para ele, ele se aproxima e senta ao seu lado, parecendo contrariado mas não disposto a contraria-lá.

Eu sorrio para eles dois e agradeço quando Esme me chama para sentar no sofá de frente ao deles.

Todos na sala se acomodam e Jacob se senta ao meu lado.

Ele estende um dos braços na guarda do sofá atrás de mim, e eu entendo que é para me fazer sentir confortável.

E é algo que realmente funciona.

E que eu ia precisar.

PythonissamOnde histórias criam vida. Descubra agora