Se passavam da sete da manhã. Já estava vestida e pronta para tomar meu café com bolinhos.
Observei minha cama bagunçada, lembrando a dificuldade que tive em dormir noite passada. Culpa das lembranças que iam e vinham de keisuke e do nosso beijo na calçada da minha casa. Seus lábios macios e quentes, seus braços em torno do meu corpo.
- Oh meu Deus! - Senti meu rosto formigar e rapidamente o cobri com as mãos.
Sorrindo como uma boba apaixonada, olhei para a janela aberta do meu quarto, podendo ver nitidamente a casa do outro lado da rua, entregue ao silencio e aparentemente com os moradores adormecidos.
A janela de Keisuke parecia estar fechada, e as luzes estavam desligadas. Deixei de lado meus pensamentos que insistiam em focar em Keisuke, e não na prova que teria hoje.
Desci as escadas com pressa, focando meus pensamentos nas anotações que tinha em mãos. Observei a mesa da cozinha vazia, e então, notei que minha casa estava em silencio. Deixei as anotações em cima da mesa e andei pelos cantos da casa a procura de Dona Mebuki.
Desci novamente para a cozinha, encontrando presa a geladeira um bilhete escrito, preso por um imã de flores de cerejeira.
"Tive que ir viajar de última hora para uma conferência em outro estado. Estarei em casa em dez dias.
Mebuki."
Suspirei fundo e amassei o bilhete escrito à mão. Peguei ingredientes para fazer uma panqueca e vitaminas. Coloquei um avental e puxei meu celular do bolso para colocar uma música qualquer, enquanto começava a cozinhar meu café da manhã.
R U Mine? - Arctic Monkeys, começou tocando.
Fiquei alguns minutos pegando os pratos e já os deixando em cima da mesa. Não era a primeira vez que eu comeria sozinha em casa. Mebuki saia constantemente em viagem depois de suas longas noites de reunião. Quando Mebuki estava em casa, uma mesa com alguns bolinhos e pães comprados da padaria eram postos, um café forte e mel, as vezes leite morno com achocolatado e manteiga era o que comíamos pelas manhas. Quando Mebuki viajava, eu me esbaldava de um dos meus hobbies favoritos. Cozinhar.
Ao fim da música, escutei a campainha tocar repetidas vezes. Larguei as panelas no balcão fazendo uma nuvem de farinha de trigo subir. Limpei minhas mãos em um pano de prato que achei do lado do fogão e corri para atender, quem é que seja na minha porta logo de manhã.
- Já vai! Minha nossa, para que tanta pressa? - Disse irritada, pegando minhas chaves para destrancar a porta. Abri a mesma com certa fúria, pronta para xingar até a última geração do ser que estava atras da porta. Mas parei no instante em que vi o sorriso encantador de Keisuke, com o mesmo parado na minha porta vestindo um uniforme de escola todo comportado. - Ke-Keisuke??
- Bom dia rosinha. - O Moreno sorriu e me observou de cima a baixo com dúvida. - Por um acaso anda reformando sua casa?
- O que? - Pisquei em dúvida.
- Está coberta de cimento. - Ele respondeu.
- É farinha de trigo keisuke. - Respondi envergonhada. A nuvem de farinha que subiu deve ter me sujado. - O que faz tão cedo na porta da minha casa?
- Estava indo para a escola e pensei em te buscar para ir também. Quer dizer, íamos passar em uma padaria antes para comer. - Respondeu sorridente.
- Está com fome? - Perguntei.
- Estou com muita fome. Sai sem comer para chama-la para comer. - Riu envergonhado, enquanto passava a mão nos cabelos presos em rabo alto.
- Entre, estou fazendo panquecas!
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Meu maldito vizinho; Keisuke Baji (crossover)
FanfictionTendo uma vida monótona, morando em uma rua relativamente famosa por ter visitas de delinquentes com bastante frequência, Sakura Haruno descobre quem é seu misterioso vizinho delinquente. Olhando pela janela em uma tarde qualquer, os olhos amarelado...