HIATUS
Stella Benett sempre viveu em um mundo cor de rosa, uma ótima aluna e filha, de cabelos loiros com um caráter impecável e um dom extraordinário para o desenho. Mas seu interesse pela fantasia e a arte a fez cogitar entrar em um clube de RPG d...
Stella vai pelaprimeiravez ao encontro do Hellfire e conhece uma pessoa muito interessante.
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Stella passou o resto da tarde pensando em como pediria permissão aos seus pais para sair à noite, durante o jantar, com uma desculpa boa o suficiente para que pudesse ficar durante todo o encontro do clube.
A primeira coisa que veio em sua mente foi o campeonato de basquete, era simples, pediria para ir ao campeonato e quando chegasse ao colégio iria para o Hellfire ao invés de ir para a quadra. Mas ela tinha muito medo de que sua mãe por acaso descobrisse, isso apenas a deixava ainda mais ansiosa.
Chegou em casa e entrou pela porta da frente, tirando seus sapatos e os carregando nos dedos até o seu quarto, que ficava no andar de cima. Soltou sua mochila por cima da cama e retirou suas meias rendadas, as deixando dentro dos sapatos que ficavam no canto do quarto. Respirou fundo pensando em como conversaria com sua mãe a respeito do evento de hoje à noite sem que desconfiasse de nada, Stella tinha medo de mentir para seus pais, principalmente sua mãe, porque nunca mentia.
Mas ela sabia que sua mãe nunca a permitiria sair á noite sozinha para se encontrar com um grupo cheio de homens (e esquisitos) para jogar um jogo com rituais de sacirifício, guerras e mortes tão mal falado quanto o jogo satanista: Dungeons and Dragons. Stella sabia que não havia nada disso, era só um jogo de fantasia jogado por alguns nerds e as pessoas os julgavam por terem interesses diferentes. Talvez não fosse boa idéia participar disso para não ser julgada também, mas se pensasse dessa forma deixaria de fazer metade das coisas que gosta apenas por medo dos pensamentos de outras pessoas. Como ela faz constantemente na verdade, mas isso era assunto para outro momento.
Stella respirou fundo, desceu as escadas e foi até a cozinha aonde sua mãe provavelmente estaria arrumando a mesa para o almoço. Ela hesitou, antes de cruzar o arco aberto que levava até a cozinha, se escondendo atrás da parede aonde ficava a escada para poder respirar e ganhar um pouco de coragem. Quando sentiu que estava pronta caminhou para dentro da cozinha, encontrando sua mãe organizando a mesa assim como esperava que faria.
— Ah, oi, Stella! — Ela a olhou de relance e deixou a travessa com salada por cima da toalha de centro da mesa, antes de voltar para a cozinha para buscar os outros pratos. —
— Oi mãe. — Stella respondeu com um leve desânimo, se punindo mentalmente em seguida por não ter conseguido ser mais receptiva. Suas duas mãos brincavam com os dedos em frente a barriga enquanto tentava acompanhar com o olhar o trajeto feito pela sua mãe de um lado para o outro. —
— Você entrou tão silenciosamente, eu nem vi você chegar. — Disse enquanto organizava os pratos por cima da mesa. —
— Ah, sim, eu fui direto para o quarto. — Ela se explicou um pouco nervosa, pensando em como e quando tocaria no assunto em que queria chegar. Ela olhou para os próprios dedos. — Mãe, então...
