CAPÍTULO 10 | Corroded Coffin.

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CAPÍTULO 10 | Corroded Coffin.

Stella vai ao show do Caixão Corroído e descobre mais um dos talentos de Eddie. Ela começa a admitir que talvez esteja pensando nele um pouco demais.

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Estava sozinha em seu quarto por volta das 04:00 da tarde

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Estava sozinha em seu quarto por volta das 04:00 da tarde. Seu prato com bolo e sua caneca de café com leite a esse ponto já estavam vazios e empilhados em um cantinho separado de sua cama. A quietude da tarde a permitia pensar, pensar principalmente nas coisas que agora mais a incomodavam, debruçada sobre os lençóis da cama enquanto gastava suas energias em seu caderno de rascunhos. Não se sentia exatamente irritada, mas sim decepcionada, ou triste, com todos os adjetivos negativos que não estivessem envolvidos com ódio ou com raiva. Estava mal humorada, não com sua mãe, mas sim se lamentando por não poder ir enquanto Eddie e sua banda já estavam arrumando os instrumentos ou ensaiando para o show de hoje a noite.

Já faziam horas que estava ali. Estava descontando sua decepção em seu caderno de desenho enquanto remoía o que a incomodava e desenhava seus pensamentos. Na mesma página do desenho que havia feito mais cedo desenhou mais alguns outros, nas redondezas palavras descrevendo alguns de seus pensamentos de hoje. Havia um desenho de Eddie, de costas, com o cabelo bagunçado caindo sobre os ombros e a jaqueta, já outro o perfil de seu rosto, com o contorno de seu nariz bem marcado e os cabelos caídos em volta do rosto.

"Os olhos dele são como chocolate e seu cabelo bagunçado marca o seu rosto. Ele tem um coração de manteiga e é a pessoa mais gentil que conheci."

Stella sorriu enquanto olhava para elas, se lembrando das memórias que serviam de fonte para estas palavras, suas bochechas esquentando enquanto aos poucos esquecia o que a incomodava e apenas se inundava de memórias felizes.

Estava tranquila até ouvir batidas vindas da porta e ao olhar para ela, saindo de seu transe criativo, viu sua mãe espreitando atrás da porta, quando viu que Stella já havia a enxergado um sorriso surgiu em seu rosto e se permitiu entrar no quarto, fechando a porta branca atrás de si. Stella rapidamente trocou as páginas do caderno enquanto sua mãe se distraia, ocupada enquanto olhava para a massaneta do quarto ainda fechando a porta em frente a si. Stella tentou ignorar o rubor quente em suas bochechas, pensando que não estivesse tão marcado ao ponto de que sua mãe pudesse enxergar, além de que as luzes de seu quarto eram amareladas, o que ajudava a esconder ao menos um pouco.

Sua mãe se aproximou de sua cama, observando os objetos jogados por cima dela: seu caderno aberto, seus lápis da escola, a pouca quantidade de louça suja empilhada com alguns farelos de bolo com café com leite. Stella a encarava com os olhos bem abertos, a garganta seca, esperando ouví-la dizer o que havia planejado fazer ali para que pudesse voltar livremente ao seu momento recreativo. Helena se sentou por cima da cama, Stella se levantou um pouco (pois antes estava debruçada) e se ajeitou com as costas nos travesseiros, a encarando silenciosamente.

Pencils And Dragons ─ Eddie MunsonOnde histórias criam vida. Descubra agora