Clemência

4 1 0
                                    


Os milagres estão escassos
Os atos fracassados
As pessoas se tornaram erros crassos
E no movimento da azulea esfera
Não há mistério que tudo encarcera
As verdades estão mortas
As mentiras estão concretas
A ferrugem corrompe a vontade
E doce se torna amargo
A exaustão domina a vontade
E a covardia castra a coragem
E o corpo parece falhar
Como se nele faltasse alguma engrenagem

E você meu amor
Que tanto amo, Quando a luz se apaga
Na parede vejo tua balsama imagem
E nela vivo
Mas agora é mera miragem
Que um andarilho no deserto
canta e sonha
Que desvanece na memória
E até você se desvanece
Se perde
Em noites escuras
Em labirintos de
Faunos de abraços restritos
Buscando algo extinto
Em um sombrio caminho
Se perdendo de qualquer carinho

Você se perde de si mesma
E isso é a única coisa que ainda me faz chorar
Se a terra parasse,
Se a lua caísse
Se o mar secasse
Eu não ligaria
Talvez até abrisse um sorriso
Como poderia me importar?
Mas a morte da tua luz
Da tua gentileza
Da tua caridade
Para mim seria o fim de tudo
Por isso por favor
Não se perca da tua essência

Poemas Ruins de Uma Vida PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora