Soneto Maldito #1: Como a laje fria de um mausoléu

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Soneto Maldito #1

Como a laje fria de um mausoléu

Minha pele é como o frio mausoléu

Leito morto, onde não toca luz

Defunto comido por urubus

Urrando de angústia olho pro céu

Caio em meio a esse destino cruel

Nem tenho mais descanso sob a cruz

Em prantos gritando clamo a Jesus

"Tire de mim a torre de babel"

Nesse rio de um tumulto sem fim

Sou tragado, sacudido por mil

Anos solitários, de morte em mim

Deus, eu choro por este estado vil

Deus do amor, me diga de onde eu vim

Eu só peço um toque meigo e gentil

Poemas Ruins de Uma Vida PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora