Soneto Maldito #3 - Do Útero II

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Do útero sepulcral fui mal nascido
Mal feito, mal amado, mal gerado
Fui por esta vida pisoteado
Como um feto corrompido e torcido

Do útero massivo fui mal querido
Pela eterna falta fui destroçado
Pelas pessoas sempre ignorado
Sem beijo, abraço ou toque. Ser partido

Eu só queria ao útero estar de volta
Por que me agarro a vida que se solta?
Tento, mas me pergunto porque ínsisto

Porque aquele calor virou esse frio?
Porque no mundo não há nada gentil?
Tento mas mal consigo e mal existo

Poemas Ruins de Uma Vida PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora