Pó, te beijo
Eu em minha própria idéia como humano vejo meu ser ajoelhado á pueiraFoi um pensamento insano crer por não mais que um instante
Que a morte presa ao centro, rondando a beira
(Com sangue nos olhos, profanidades na boca)Não te veria
Pura, orvalho, flor
Crer por um instante que ela não seria tentada
A por suas garras em você
Em tu carne nua que toquei
Sua
Colado, entregue a tua boca
Nós dois, nos exterminando até o ponto
De mesmo nossos nomes seriam perdidos
Num mar de carne, saliva e gozo
Com nada além de desejos a boiarInsano que por um instante eu cri que você não iria morrer
Que eu não me tornario frio
E tudo não viraria pó
Você, eu
Que os dias terminariam se resumindo
A você e eu rodando ao redor delaMorte no centro
Mesmo enquanto gemiamos lá estava ela
Pressionada entre nósMorte na beira
Cercando, fechando seu cerco
Nos pressionandoEu, agora
Ajoelhado a deuses que não conheço
Ajoelhado diante do espelho cuja imagem que vejo não reconheço
Ajoelhado a tu, ao nosso desejo,
que era eu, você
obcecados em tudo que era nosso
Eu, me ajoelhando ao pó
Para a sua inevitabilidade,
À sua maldição,
Ao seu macio amorE lhe beijo então
ele sentirá o mel dos meus lábios pendentesBeijo de vingança , de pena, de gratidão
Vingança - A beleza de toda a tragédia que não fora vomitada
E que ela nunca teráPena - Ela nunca sentirá a maior das belezas invadir suas veias
Gratidão - Pois a condição de haver vida entre eu e você foi haver morte no centro e na beira
Por essas coisas
Só, a morte beijo
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Poemas Ruins de Uma Vida Perdida
PoesíaAqui posto meus poemas, muitos são pura loucura, outros são completamente lúgubres. Muitos não são tão bons, mas pelo menos estão cheio de sentimento. Minha unica regra é ser sincero com todos e principalmente comigo mesmo.