CAPÍTULO VINTE E SETE

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    Dou um sorriso para o ruivo que me encara como se pudesse me matar, eu ainda não coloquei as luvas de boxe, só estou com as fitas que dessa vez eu trouxe as azuis, enroladas  nas minhas mãos

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Dou um sorriso para o ruivo que me encara como se pudesse me matar, eu ainda não coloquei as luvas de boxe, só estou com as fitas que dessa vez eu trouxe as azuis, enroladas nas minhas mãos.

- Vamos começar? - Vejo ele mexer a cabeça negando - Está pronto?

- Não - Diz Dean me encarando do outro lado da sala.

- Então estamos prontos - Respondo de volta - Primeira coisa, vamos arrumar a sua base.

Eu fui ensinado todo o básico sobre o boxe, a base das pernas, como socar sem se machucar, como ele deve girar o quadril para socar.

Quando eu já tinha ensinado tudo que ele precisa saber sobre o básico, eu coloquei ele em frente a um saco de boxe.

- Vamos Dean, pense em algo, algo que lhe traz algum sentimento forte, ódio principalmente, tristeza, qualquer coisa, basta bater nesse saco de pancadas como se pudesse matar isso que está sentindo.

- Achei que isso era uma aula de defesa pessoal - Olho para ele com raiva.

- Faça o que eu estou pedindo - Ele olha para frente, fecha os olhos, respira fundo.

Algo mudou nele, assim que abriu os olhos novamente.

Ele soca o saco, uma, duas, três e quanto mais ele soca mais raiva eu vejo ser jogada para fora dele, ele joga o corpo do jeito que eu ensinei a ele, e o mesmo faz, mas ele parecia está a ponto de colapsar, ele deixou suas emoções o levarem demais.

Ele poderia se machucar, ele não estava acostumado com isso, mas o jeito que ele socava, ele estava sendo levado pela própria raiva, raiva que está guardada a anos, raiva que tinha acabado de explodir.

- Dean - Chamei por ele.

Tento segurar os seus braços mas ele não deixa, uma lágrima desceu pela sua bochecha.

Ele continua a disparar socos.

- Dean - Novamente nenhuma resposta, puxo o seu braço com a maior força que eu consigo.

Quando eu seguro ele o jogo ele no chão, me jogando por cima dele, o mesmo bate a cabeça no tatame, eu encaro os olhos dele, vendo suas pupilas dilatadas, ele respira com dificuldade, mas ele vai se acalmando.

Quando eu percebo eu estou sentada em cima do seu abdômen segurando seus braços.

- Eu sinto muito - Ele parou me olhando.

- Está tudo bem, está tudo bem - ele que está debaixo de mim, e o abraço.

- Acho que eu tinha muita coisa guardada - Confirmo.

Quando ele está melhor, eu ainda estou sentada em cima dele, sem rosto está mais tranquilo e sua respiração instável. Eu sabia que ele estava melhor, então fiz uma piadinha para vê-lo sorrir.

- Achei que tinha feito isso para me ver por cima de você - brinquei com ele e o mesmo sorriu.

- Porque? Já vejo sempre - fico chocada.

Perdendo - Irmãos De'Lucca 1Onde histórias criam vida. Descubra agora