CAPÍTULO TRINTA E SETE

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    Sinto algo estranho no meu rosto, quando eu passo a mão para tirar, sinto os fios de cabelo, abri os olhos vendo os fios loiros entre os meus dedos

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Sinto algo estranho no meu rosto, quando eu passo a mão para tirar, sinto os fios de cabelo, abri os olhos vendo os fios loiros entre os meus dedos. Dou um sorriso preguiçoso quando eu percebo de quem é aquele cabelo, me aproximo beijando o pescoço da minha loira favorita.

Minha

Era uma palavra pequena, que fazia algo se revirar dentro de mim, era meio possessivo? Um pouco, mas eu gostava, não que eu fosse falar para ela pessoalmente, não queria que ela achasse que eu sou possessivo.

- Bom dia - Digo a ela, a mesma se mexe se virando para ficar de frente para mim.

- Bom dia - Vejo seu sorriso crescer. Ela passa um braço por mim e me puxa para mais perto - Eu senti muita saudade disso - Fico sem entender a palavra que ela diz em uma das várias línguas que ela fala - Saudade é uma palavra em português que não tem tradução direta para o inglês, é um sentimento forte, seria parecido com sentir falta, mas sentir falta é algo vago, algo que uma hora você lembra, na outra esquece, mas saudade? É algo que não passa assim tão fácil, algo que você passa o dia sentindo, como se tivesse um vazio ali, faltasse algo.

Saudade, eu gostei do sentido daquela palavra, era algo intenso, único e não traduzido para a minha língua materna.

- Eu acho que eu gostei dessa palavra, vou aderir ao meu vocabulário, mesmo que não saiba português - Ela ri no meu pescoço.

- Não se preocupe, eu vou ensinar português para você, depois italiano - Dou um sorriso com aquela promessa - Vamos ter muito tempo juntos para que eu ensine a você várias línguas.

Aquele pensamento me fez sorrir, eu adoraria aprender tudo e qualquer coisa que ela estivesse disposta a me ensinar. Passar anos ao lado dela seria a maior felicidade que eu poderia ter, ver uma criança ruiva ou loira de olhos verdes me chamando de papai e a ela de mamãe me fez me sentir leve, eu amei a sessão. Era como se eu pudesse amar algo que nem sequer existe ainda.

- Sim, tem razão - Me aproximei para beijá-la, mas a mesma expira e eu dou risada - Alguém ainda está resfriada - Dou um beijo na sua testa.

- Não sei dizer se é o resfriado ou a minha rinite alérgica - Abracei ela fazendo cafuné em seus cabelos, não demorou para o cheiro do seu shampoo chegar no meu nariz e nesse momento eu entendi, que eu não senti falta dela, eu senti Saudade.

- Que tal arrumarmos um remédio para você, e depois irmos passear? - Ela esconde seu rosto no meu pescoço, e eu abraço sua cabeça.

- Podemos ir ao Drive in e assistir um filme, que tal? - Ela pergunta ainda com a cabeça no meu pescoço.

- Acho que vai ser perfeito - beijo seu ombro.

Posso ver os seus pêlos loiros e finos se arrepiarem, dou um sorriso convencido comigo mesmo.

Não era algo que eu pensaria há alguns anos. Eu, um nerd que só quer passar despercebido e ser um jogador de basquete, que agora tem um certo tipo de poder sobre a garota linda e popular.

Perdendo - Irmãos De'Lucca 1Onde histórias criam vida. Descubra agora