Gente do céu, me desculpem o sumiço de quase três meses! Muita coisa aconteceu e eu estava sem ânimo nenhum para escrever. Muita tristeza sim! Mas tô de férias e vou tentar postar bastante!
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—Por que eu te amei. Te amei como ele nunca vai te amar e você pode ser idiota o bastante para não acreditar nisso. E tola o bastante para nunca ter percebido isso.
Os olhos dela, ainda inchados, me encaravam sem reação.
—Draco, eu-
—Sn...
—Somos melhores amigos desde que me entendo por gente, e eu te amo muito. E talvez por você também me amar, esteja confundindo as coisas.
—O que quer dizer com isso? — ela se senta no sofá, indicando que eu faça o mesmo. Ela mexe nervosamente na manga do moletom que ela está usando, percebo que o moletom é grande demais para ela.
—Agora, depois do seu término, você pode estar jogando seu amor em mim, só isso. —ela voltou com o contato visual, meus olhos a beira de marejar.
—Não pode estar falando sério.
—Estou! Olhe, não tem como isso ser sério. —olhei para o chão, evitando encontrar meu olhar com o dela, até que ela segura minha mão, quase me obrigando a olhar para ela. —Quero dizer, olhe para mim! Ainda sou a garota que você empurrou na piscina naquele verão quando éramos crianças. Sou quem você apavorava com histórias assustadoras no halloween, e ainda puxava meu pé de noite para me assustar. Sou sua melhor amiga, Draco.
—Eu sei. E você lembra quando eu fiz com que Simas parasse na enfermaria, pois eu o transformei em rato depois que ele te empurrou quando tínhamos onze anos? Lembra quando eu comprei aquele vestido que você não parava de tagarelar sobre, só para te fazer feliz?
—Draco-
—E por último, lembra quando eu chorei no dia do baile?
—Lembro. Você tinha me dito que pregaram uma peça em você e te deram um petisco que fazia você chorar.
—Eu chorei por que vi você dançando com outro alguém, além de ter visto você beijá-lo. E esse alguém não era eu. —uma lágrima rolou pela minha bochecha, ela foi tentar limpá-la, mas eu a impedi.
—Sn, o amor que sinto por você não nasceu ontem. Tenho cultivado ele por todos esses anos. Se não consegue ver isso, temo em te dizer que você é cega. —ela riu.
—Sou?
—Sim, você é. — um silêncio não confortável se encaixou no ambiente. —Pode não conseguir pensar nisso agora, mas pense depois. E, eu quero que me prometa uma coisa.
—Qualquer coisa.
—Não fale mais com ele. Não vá atrás. Se quiser devolver esse moletom, ou pegar algo que é seu, me peça para ajudar. Você promete?
—Prometo.
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Sabe quando seu coração bate forte por alguém? Tão forte que você pode ouvir? É assim que me sinto por Sn. E isso não é de hoje.
Escuto a máquina de café dar o apito dizendo que o café está pronto. Pego minha varinha e faço com que o café esteja em uma xícara.
Bebendo o café, começo a passar memórias em minha cabeça.
Memories on.
—Sabe de uma coisa? Essa água parece estar muito gelada. —ela disse. Sn estava usando um boné e um par de óculos escuros, além de um bikini azul.
