Capítulo VIII

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Um peso gigante parecia diminuir de suas costas.

Bem, iria sumir quando ele aceitasse as desculpas.

Ochako havia saído da sala de Eijiro sem ser vista e voltado a sua mesa tranquilamente. Sabia que o ruivo já havia ido embora e que só na manhã seguinte veria o que a mulher havia deixado ali. O que importava era que já havia entregue e que não tinha volta.

A acastanhada sentou em sua cadeira e suspirou. Odiava ficar até mais tarde no serviço, mas tinha que terminar o relatório naquela noite ou teria problemas.

Olhando para o lado, notou que a sala de Katsuki ainda tinha suas luzes acesas. Provavelmente o loiro também estava atarefado naquela noite.

Prestar atenção em seu relatório era impossível e sua vontade de ir embora era gigante. O setor estava vazio, as luzes apagadas e havia apenas a luz do abajur da mesa de ochako e a tela do computador a iluminando naquele momento. Precisava urgentemente de algo para beber.

Se levantando, foi até a sala de descanso e colocou a cápsula de capuccino na máquina de café. Olhou o relógio da parede. Já passava das dez da noite.

Quando o capuccino ficou pronto, pegou a xícara e se direcionou a sua mesa. Seu olhar novamente foi em direção a sala de Katsuki. As luzes ainda estavam acesas.

A acastanhada deu meia volta e foi até a máquina de café novamente.

—Café puro?— ela pensou alto e pegou a cápsula, esperando o café ficar pronto.

Ela estava pensando seriamente em fazer isso? Nem ela sabia o porquê de estar fazendo isso.

Pegando as duas xícaras de café, cruzou o setor no meio da escuridão e bateu, com dificuldade, na porta.

—Entre— a voz do outro lado falou. Parecia cansado.

—Com licença— ela entrou.

—Ochako. Ainda no escritório?— o loiro a olhou. Ele estava mais relaxado em sua cadeira e a gola de sua camisa estava meio amassada.

—Eu estava terminando um relatório— falou simples— Vi que ainda estava aqui e trouxe um café.

A expressão dele parecia meio surpresa. O loiro fez um sinal para que ela se aproximasse.

—Obrigado— falou e pegou a xícara— Estava quase dormindo em cima do computador— bebeu um gole.— Sem açúcar?

—Desculpe. Eu não sabia se você preferia com açúcar ou adoçante, então...

—Está perfeito.

Ele deu um pequeno sorriso. Ochako não lembrava de como o sorriso dele era bonito.

—Sente-se— ele apontou para a cadeira a sua frente— Então, se divertiu no armazém?

—Foi incrível. Fazia um tempo que eu não via um armazém tão grande.

O sorriso era expressivo na mulher enquanto ela bebia um gole de sua caneca. Conversar com ela estava sendo aconchegante para Katsuki.

Desde que ele havia pensado sobre poliamor, sua mente se abriu para uma possível relação e queria sentir aquilo.

Era a segunda vez que tinham uma conversa franca daquele jeito. Desde aquela vez no bar, ele não falou muito mais que poucas palavras e conversar assim era incrível.

Katsuki olhou a bebida que a mulher tomava. Capuccino. Eij...Kirishima amava capuccino.

—Está tudo bem?— Ochako perguntou. A expressão dele mudou quando viu a bebida.

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