Capítulo IX

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Precisamos conversar

O loiro sentia isso, ele só não sabia como chegar no assunto que queria.

Kirishima passou pela porta e foi em direção a sala. Não precisava de cerimônias para entrar, afinal, ali já fora a sua casa.

Se sentando em uma das pontas do sofá, viu os olhos rubi o seguir. Ambos tinham assuntos pendentes.

Sentando na frente do ruivo, Bakugo o olhou meio nervoso.

—Nós...

—Precisamos conversar.

—Eu não deveria ter saído tão derrepente, deveríamos ter conversado e discutido sobre o assunto e...

—Eu quem te devo explicações— o loiro o olhou sério— Eu que omiti o que se passava dentro de mim.

Ambos se olharam, procurando entender o que havia dentro dos lindos rubis que eram o olhar um do outro.

—Eu te decepcionei— continuou Katsuki— Em vez de te proteger e te ajudar, eu só te machuquei e te machuquei.

—Você não me machucou— seu coração parecia apertar em seu peito— Você só estava confuso...

—E em vez de te explicar e nos ajudarmos, acabei nos afastando!

—Precisávamos disso.

Um silêncio encobriu o local.

—...Precisávamos?

O ruivo olhou para o loiro.

—Às vezes, se afastar acaba nos aproximando.

Um sorriso fraco se mostrou no rosto do ruivo e ele acariciou o rosto do homem a sua frente tentando amenizar a dor do loiro.

Um sorriso de canto se formou no rosto de Katsuki enquanto sentia a mão receosa e quente do ruivo.

—Você se encontrou?

—Sim

Dizem que quando se ama uma pessoa, não é preciso palavras para decifrar o que a outra pessoa quer dizer. É como uma telepatia, que sempre funciona.

Ou pelo menos deveria funcionar.

—Foi por isso que me mandou aquilo?

O loiro mudou sua expressão suave para uma confusão.

Eijiro pegou sua bolsa— na qual o loiro nem havido notado, sendo que ele sempre nota um acessório ou uma roupa diferente. Dentro da bolsa, o ruivo retirou um pacote e o entregou nas mãos de Katsuki.

—Encontrei isso na minha mesa hoje de manhã.

Desenbrulhando o pacote, foi como um pingo de uma lembrança se transformando em um rio na mente do loiro. Aquilo que só havia imaginado e desenhado agora estava ao vivo e a cores em sua mão.

—Quem...?

—Não foi você?— Eijiro o cortou perplexo.

[...]

Com certeza estava em um dilema. E percebia que tinha feito uma tremenda besteira.

A acastanhada havia visto aquele rascunho em cima da mesa de Kirishima, logo supôs que seria dele. Como nunca ligou os pontos antes?

Katsuki Bakugo. Começa com K, lógico que o rascunho seria de alguém do setor de estilistas, não da administração.

Se sentia uma tremenda idiota.

Agora Kirishima ficará super confuso com o presente e a achará uma idiota por fazer aquilo para ele.

Bakugo com certeza vai achar que ela é mais um dos idiotas que roubam o trabalho dos outros. Com certeza seus sonhos românticos foram para o lixo.

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