Países Aliados

938 79 5
                                    


NARRADORA POV

Após Dália acordar 4 da manhã, preferiu correr na praia como uma forma de aquecimento para os exercícios diários. Ela chega às 5 da manhã na casa para fazer sua limpeza matinal e colocar seu uniforme verde musgo, que ganhou quando virou pilota oficial da FAB. Ela prende seu cabelo em um rabo de cavalo bem preso, e separa outro amarrador para caso precise fazer seu coque diário da academia em voos.

A caminho da Top Gun, Dália colocou rapidamente seus fones de ouvido para lhe afastar as lembranças repentinas de Kalias. A pessoa que ela mais odeia, mas tenta se convencer do contrário, para não guardar rancor. Estava com uma sensação ruim, o peito estava apertado e suas mãos suavam frio. Normalmente sua vó diria para ouvir sua intuição, mas não queria dar ouvidos.

Ela estaciona sua moto e pega um palito de dente, o deixando entre os dentes da frente. Era uma forma de relaxar quando estava nervosa, ou ansiosa.

Ela entra na unidade principal da Top Gun, onde o Almirante havia explicado. Ao entrar em um corredor, observa os quadros nas paredes, e para um minuto para observar.

-Maverick--Repete pra si mesmo, ao ver uma foto em grupo, no ano de 1986.

-A lobinha está perdida?

Seu corpo que estava relaxado, fica tenso ao ouvir aquela voz familiar. Um nó na sua garganta se forma, e tudo que queria era virar para o lado oposto e fazer igual havia dito a Léo...Se convencer que é apenas uma miragem inútil.

Com passos se aproximando, seu afastamento foi involuntário, como se dissesse para ele ficar longe.

-Entendo...--Kalias com aquele meio sorriso arrogante nos lábios, a olha de cima a baixo com o distanciamento que a garota preferiu ter--Continua uma gracinha, Dália--Ele tomba a cabeça pro lado e Dália tira o palito da boca o segurando firme, nervosa.

-Me deixa em paz--Foi tudo que sua mente conseguiu pensar e reproduzir sem muitas falhas em sua fala. Dália se apressa a voltar para a entrada de onde veio mas acaba batendo seu rosto em algo duro, na virada de um corredor.

-Você--A voz viril de Hangman ecoa assim que a vê.

-O que foi garoto?-- Dália diz massageando sua testa, mas Hangman pega sua mão, que a mesma tenta puxar de volta , mas é em vão. Ele vê sua mão sangrando o suficiente para pingar pelo corredor.

-Ta sangrando--Ele analisa o machucado.

-É, eu percebi--Dália puxa a mão novamente e olha para o corredor que havia visto Kalias, e nada.

-Procurando alguém? --Hangman levanta a sobrancelha--Com essa pressa acho mais fácil fugir de alguém...--Ele analisa seu rosto pasmo

-Não é da sua conta--Diz seca e leva seu dedo limpo a sua testa, que estava manchado de sangue --Mas que porra--Xinga em português e Hangman solta uma risada

-Vem vou te ajudar--O grandão por mais arrogante que seja, teve seu coração mole ao ver a menina ali, perdida e sangrando.

-Não precisa, eu to bem--Ela olha em volta, aparentemente perdida.

-Não vai morrer se me deixar ajudar brasileira--Dália o olha pensativa.

-Dália? --Phoenix aparece no corredor e abre um sorriso assim que a vê-- O que ta fazendo aqui? E com o Hangman, e sangrando?!--Phoenix pega sua mão e depois olha para Hangman

Ela sabia que o amigo não era capaz de encostar um dedo em qualquer mulher. Mas o olhou como se estivesse querendo explicações de sua presença ali.

-Só a achei aqui, relaxa--Ele levanta as mãos em rendição.

TOP GUN - HANGMANOnde histórias criam vida. Descubra agora