TOP GUN - HANGMAN

Sentimentos a flor da pele

assim como a tensão no ar, o clima estava frio e nada agradável a quem seria enviado para uma missão suicida. Léo e Pedro, sobem as escadas da casa, se dirigindo ao segundo andar. Em passos lentos, eles se aproximam do quarto da morena, onde , ao  abrir, encontram ela acordada, sentada em frente a janela, olhando a paisagem

eram 4:00 da manhã

"É horrível sentir como se sua vifda estivesse próxima a se desintegrar por inteiro. Passo boa parte do meu tempo estudando ou lendo, apenas para me desfocar da realidade, e meu passado atormentado que me assombra sempre que minha mente está calma. No final...tudo volta atona e é como um baque. As vezes me pergunto, "por que não pede ajuda?", seria mais fácil aceitar. Mas os olhares...me deixam desconfortável. Não preciso de olhares piedosos ou palavras clichês, não me ajudam, mas tanto faz...eu devo me auto sabotar as vezes. Nada mais justo que aprender a lidar com seus problemas sozinha. A real, é que absolutamente todo mundo tem seus problemas, e me deixa extremamente triste ver pessoas que amo, como Léo e Pedro tentando me ajudar ao máximo, e esquecendo de cuidarem deles mesmos...sou eternamente grata por ter pessoas como eles na minha vida, mas isso não é justo com eles.
    O maior choque que estou tendo, é saber que tudo se repete, e mesmo meus irmãos acharem que ja superei, nego a sua existência, pois lembrar, é como facadas no meu peito...me dói ainda saber que ela se foi. É tão estranho que depois de certo tempo, a voz de uma pessoa falecida, não é mais lembrada por você, é como se com o tempo, sua voz vai desaparecendo de todas as memórias que temos com aquela pessoa querida...tudo que sobra, é uma vasta lembrança, mas quando estou por ver, já me perdi nas lembranças dolorosas."

-Ta muito cedo ainda pequena, pq ta acordada?—Ela escuta a voz de Léo se aproximando

-Não consegui dormir—Diz em um suspiro, ainda olhando pela janela, o breu se encontrava la fora--Sabe que não precisavam--Ela olha a bandeja que aparece ao seu lado, que Pedro havia colocado—Isso ta parecendo uma despedida

-Não importa oq aconteceu com ela Dália—Pedro diz apressado como se o que sua amiga estava passando, fosse desnecessário

Ela não gostava de tocar no assunto de Cassie

A irmã que a fez sofrer com a perda, e causou a briga final de Dália com seus pais

-Não fala dela

-Eu te entendo pequena, entendo mesmo—Pedro se aproxima se agachando em sua—Mas ta na hora de deixar isso pra trás e fazer isso por ela

Dália o olha com os olhos marejados

-Não acho que eu esteja pronta—Sua voz sai falha por segurar o choro

-Sabe que é a mais preparada pra isso—Dessa vez foi Léo a aconselhar—Estudou sua vida inteira Dália, treinou sempre que podia, deixou de viver sua vida pra se aperfeiçoar no que gosta

-Falando assim parece que vivo em cativeiro de pais conservadores—Ela solta uma risada baixa, e seu amigos também -Só to acordada demais...acabo que penso em muita coisa que não devia

-Sabe o que resolve?—Pedro pergunta—Uma porrada de suco de maracujá natural

Ela ri

-Querem me dopar antes da missão?

-Eu não disse nada—Pedro levanta os braços em defesa, e sai do quarto para preparar o suco

Léo e Dália ficam um minuto de silêncio

Ele segura sua mão atraindo seu olhar pra ele

-Sobre ontem eu-

-Nada demais pequena—Ele sorri forçado