fifteen

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Eu estava novamente no Jardin des Amoureux, o que está acontecendo?

O vento bagunçava meus cabelos, e a luz solar fazia com que eu quase fechasse meus olhos. Tentei procurar por alguém em toda parte, até avistar a última pessoa que eu gostaria de ver no mundo.

Louis estava sentado em uma cadeira de praia, aquelas pequenas com mais ou menos três cores. Que no caso eram amarelo, azul e branco.

- Louis? - eu perguntei, mas ele não parecia me ouvir. Que merda é essa?

- Louis! - tentei novamente, e gritei o mais alto que podia no momento.

Mas ele continuava não ouvindo. Até que avistei uma garota, não muito mais baixa que o mesmo: ela tinha cabelos loiros e ondulados, mãos delicadas e parecia usar um vestido rosa (que eu não conseguia ver por causa da distância). O vento começou a ficar mais forte, olhei pro céu e uma tempestade parecia se formar.

- Louis! Que merda. LOUIS! - gritei, e fiz isso mais umas 10 vezes. Antes que pudesse continuar, comecei a sentir uma tontura, e senti a grama encostar nas minhas costas a mostra por causa da blusa.

O despertador. De novo isso? O que estava acontecendo comigo? Dessa vez não foi com Timothée, e meus pesadelos com Louis pareciam voltar.

Seja o que fosse, eu tinha que me levantar e acordar Rose. Hoje a gente tinha a droga da escola pra aguentar, de novo.

- Rose, acorda. Escola.

Ela levantou, o seu cabelo estava todo bagunçado. O que me fez soltar um pequeno sorriso.

- De novo? Por que quando é com Timothée você pode faltar, mas comigo não?

- Você é bem enxerida - não consegui conter uma risada -, mas eu jurei a mim mesma que nunca mais faltaria aula por besteira. Vem logo!

Disse e joguei um travesseiro nela.

- Você me paga! - a mesma disse antes de se levantar.

Caminhamos até a escola, e antes, como habitual fomos até a Coffee's. Timothée não estava lá, e eu até estranhei.

- Você não acha estranho o Timmy não ter ido a Coffee's hoje? - perguntei pra Rose, quando estávamos conversando perto dos armários.

- Eu nem conheço tanto o Chalamet, mas ele realmente tem cara de quem mantém os hábitos - ela disse enquanto fechava seu armário -, algo estranho aconteceu. Tenho certeza.

E aquilo não ajudou nem um pouco.

Como no primeiro dia que conversei com Timothée, eu tinha aula de literatura com a srta. Fergunson. Aquela aula me deixava nervosa, pra ser sincera.

- Mas agora, vem aqui e vamos pra aula. Não queremos ver os olhos arregalados da srta. Fergunson, como ela faz com seu namorado. Ou você quer?

- Não - eu não consegui conter uma risada -, vamos.

Antes de entrarmos no corredor da sala da srta. Fergunson, sinto algo puxando meu braço. Me virei e logo reconheci Timothée. Ele tinha uma expressão preocupada, MUITO preocupada.

- Ei, o que foi? Eu fiquei preocupada! Você nem apareceu na lanchonete - exclamei ao mesmo, que me olhou, mas dessa vez não expressava nada além de vazio.

- Lily... Desculpa. Bom, você lembra de quando queria um relacionamento meio que privado? Lilian estragou seus planos.

Franzi o cenho e sorri. O mesmo pareceu surpreso com minha atitude.

𝐖𝐈𝐋𝐃𝐄𝐒𝐓 𝐃𝐑𝐄𝐀𝐌𝐒, timothée's versionOnde histórias criam vida. Descubra agora