A Lesson In Thorns (TRADUÇÃO)

Capítulo 1 : Símbolos

Nota 1;Essa historia não é minha, ela pertence a 'Arkastadt' no ao3.

Nota 2;Na versão original a autora utiliza 'They' para se referir a Akutagawa Gin mas na tradução eu vou alternar os pronomes igual na dublagem do anime.

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PARTE I: SEMENTES

Na manhã do primeiro dia de Dazai como o novo líder da máfia portuária, o céu está sangrando vermelho-carmesim.

Apropriado, supõe Dazai, considerando quanto sangue foi derramado na última semana em que a organização européia Mimic invadiu Yokohama e incendiou o submundo para encontrar a absolvição em suas chamas justas.

Vidas foram perdidas. Prédios destruídos. Livros descobertos. Um antigo chefe morreu. Um novo surgiu.

Dazai solta um suspiro enquanto se afasta da vista do horizonte da cidade e se vira para olhar o escritório. Móveis antigos finos. Teto preto. Pisos pretos. Um tapete que combina com a cor vinho do lenço. Sombrio, rico e místico – assim como Mori era. Considerando tudo, ele se encaixa em Dazai como uma luva; ele tem plena consciência disso. Ainda assim, ele terá que mudar as coisas por aqui.

O toque estridente do telefone quebra o silêncio na sala, e Dazai sente que seus ossos já estão cansados ​​de todas as interações tediosas que vêm com essa posição.

—Sim?

—C-Chefe, Akutagawa Gin está aqui para ver você.

Dazai sorri baixinho. —Deixe-o entrar.

À medida que os segundos passam, ele fica confortável atrás da mesa, ajustando a altura de sua cadeira antes de deslizar sem esforço para seu novo papel quando ouve as portas se abrirem.

Gin é seguido por vários guardas atrás deles. Outra regra: nada de reuniões com estranhos, a menos que outra pessoa esteja presente. Tedioso. Irritante. Eficiente.

—Espero que você esteja trazendo presentes.— Dazai fala lentamente, colocando o queixo em seus dedos entrelaçados.

Gin lhe oferece um aceno tímido antes de colocar uma pasta grossa e cheia demais na mesa. —Eu cavei até onde pude. Os últimos onze anos foram brincadeira de criança, mas tudo antes disso...— Ela apertam os lábios. —Difícil. Mas não impossível.

Nem mesmo alguns dias atrás, Gin era uma criança esquecida na favela, criada por um punhado de crianças e seu irmão que, no final, escolheu a violência sem sentido para uma gota de vingança sobre eles. Dazai lhes deu uma escolha: morrer naquela lixeira que chamavam de casa ou vir trabalhar para ele.

Dazai poderia ter escolhido um dos subordinados de confiança de Mori para essa tarefa, especialmente com isso, mas ele tem um pressentimento de que, ao contrário do cachecol, a confiança não é passada de um líder para outro. Ela é ganha. Tão fácil quanto seria simplesmente assumir tudo que Mori construiu aqui, Dazai terá que criar seu próprio castelo se quiser permanecer sentado no trono, e isso significa criar seu próprio círculo interno enquanto localiza e erradica as pragas. Gin é o primeiro passo de uma pista de mil quilômetros.

E Gin cresceu na cidade de Suribachi. É por isso que ele lhe deu essa tarefa específica como sua primeira tarefa.

—Vamos ver.— Dazai pega a pasta e a abre em uma fotografia espontânea na primeira página. Deve ter sido tirada nas últimas vinte e quatro horas. Olhando para ele, Dazai murmura —Aí está você.

Sua ascensão ao andar mais alto do prédio pode ter acontecido há menos de um dia, mas Dazai está ocupado desde então. Não seria exagero dizer que ele aprendeu mais naquele tempo do que nos últimos dezoito anos de sua lamentável existência.