— Lembre-me novamente, por que eu tenho que fazer isso?
— Porque fizemos um acordo. — Dazai fica muito feliz em responder enquanto descansa em seu sofá e folheia um livro. Quando Dazai o mandou vir aqui uma hora atrás, Chuuya assumiu que ele daria instruções de última hora, não ficar por aí e ser irritante enquanto Chuuya se preocupa com as rugas em sua camisa. — Você tem Karma, e eu tenho uma ou duas horas livres.
Ugh, isso é quanto tempo vai durar? Ele prefere colocar uma bala na cabeça e tirar uma soneca. Não é nem mesmo por causa de nervos ou medo, embora ele sinta suas entranhas apertarem ansiosamente de vez em quando também. É o fato de que ele odeia ficar sentado, discutindo coisas que não lhe interessam com pessoas que ele prefere ver no chão, de preferência com o pé no rosto.
— Você disse que tecnicamente ainda estaria lá. — Chuuya o lembra. — Não se atreva a retirar isso agora.
Atrás dele, Dazai solta um suspiro melodramático. — Sim, sim, estarei no seu ouvido, ouvindo tudo o tempo todo. Não se preocupe com isso, querido Chuuya.
Ajeitando a gravata, Chuuya faz uma careta. — Então como é esse tempo livre? — Nada que esse homem diz faz sentido – essa é a única coisa previsível sobre ele. Se você acha que sabe alguma coisa, então você está errado. Muito, muito errado.
— Bem, eu vou sentar e relaxar — diz Dazai com um zumbido melódico. — Levantar meus pés. Brincar com Jiji. Posso até fazer uma xícara de chocolate quente. Isso é tão livre quanto meu tempo fica.
Chuuya se vira para lançar-lhe um olhar de olhos estreitos. — Se eu tiver que ouvir você mastigar fazendo barulho por duas horas, vou sabotar essa reunião de propósito. Isso é uma promessa.
— Ah, não me tente. — Dazai fala lentamente, o brilho em seu único olho pingando tanta luxúria sem vergonha que Chuuya sente que tem que desviar o olhar.
— Serio? — ele murmura. — Se você odeia tanto seu trabalho, por que fazê-lo? Não é como se você se importasse muito com todo o dinheiro sujo que você ganha.
— Eu já prometi a você. No dia em que você descobrir isso, eu lhe direi tudo o que você quer saber.
Intrigado, Chuuya franze a testa, não se lembrando de nada disso. Exceto que ele lembra. Foi naquele dia no escritório, Chuuya o seguindo pela primeira vez, e Dazai falando sem parar sobre as fraquezas. Depois que Dazai proclamou que as ovelhas eram sua fraqueza, ele fez Chuuya adivinhar a sua. Eles foram interrompidos antes que pudessem terminar a conversa, no entanto.
— Então, sua fraqueza tem algo a ver com você ser o chefe. — conclui Chuuya e dá uma olhada por cima do ombro para avaliar sua reação.
Dazai passa um dedo longo e fino sobre as páginas de seu livro. — Pode ser. Talvez não.
Misterioso bastardo.
— Você odeia o governo e quer dominar o país um dia.
— Ei. — A risada de Dazai é mais suave que a brisa de verão. — Os políticos são charlatães hipócritas e irritantes; você não está errado sobre isso. Por que eu tentaria me tornar um então? Isso daria ainda mais trabalho do que eu já tenho em minhas mãos.
— Tudo bem. — Chuuya cede, não chateado por aquele palpite estar errado. — Você está nisso pelas drogas facilmente acessíveis. Você é apenas um viciado em alto funcionamento, não é?
— Sim, Chuuya me pegou. Tudo isso... — Dazai acena com a mão e depois a enfia no bolso da calça para pegar um pequeno saco ziplock que ele aparentemente sempre carrega com ele. — - por isso. Fim de jogo para mim.
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A Lesson In Thorns (TRADUÇÃO)
FanfictionDepois que Hirotsu lhes dá suas oferendas, eles trocam anéis, e Dazai nunca, nem uma vez, quebra o contato visual mesmo quando são instruídos a se beijar. Chuuya espera uma língua molhada em sua boca como uma espécie de demonstração de domínio, entã...