A Lesson In Thorns (TRADUÇÃO)

Capítulo 3 : Pontos de Pressão

—Ei, Chuuya.

Dazai.

É Dazai.

—Que porra é essa?!— Chuuya se encaixa no alto-falante, os dedos tremendo com a adrenalina que se acumulou dentro dele nos últimos minutos.

—Você gosta de seus novos companheiros? Seus nomes são Albatross e Ice Man.— O cara de cabelos brancos oferece a ele um sorriso largo e um aceno. O outro acende um cigarro no canto de qualquer merda em que eles estejam. —Você vai se cruzar com bastante frequência no futuro.

—Companheiros?! Eles quase me mataram!

—Não, eles testaram sua lealdade,— Dazai corrige suavemente. —Ou você acha que a máfia deixa todo mundo entrar e sair como quiser?

Bem, não, mas...

Chuuya solta um suspiro raivoso por entre os dentes, tentando e falhando em abafar o rugido em sua mão. —Deixar algum idiota me bater. Muito legal da sua parte, chefe.

Do outro lado, Dazai ri. —Você é um menino esperto. Eu sabia que você não seria estúpido o suficiente para nos trair.

—Então por que me testar?!

—Porque você também precisa trabalhar com todos os outros, e isso só é possível se houver uma base de confiança entre as duas partes.

Chuuya balança a cabeça silenciosamente antes de se lembrar de algo. Algo crucial. —E as ovelhas? Você fez o mesmo com eles?!

—Ah, sim, seus cordeirinhos. Eu deveria ter notícias deles a qualquer minuto.

—Se você tentou...

—Tire uma soneca agora, Chuuya. Vejo você hoje à noite e conto tudo sobre isso.

—Esta noite?— Chuuya repete.

Dazai cantarola. —Sua tatuagem de iniciação, lembra? Eu digo que você ganhou. Bem-vindo à máfia do porto.

A linha fica muda antes que Chuuya tenha tempo de responder. O cara... Albatross, ele pensa, tranca o telefone e o enfia no bolso, depois coloca as mãos nos quadris. —Então isso foi divertido, hein?

Os olhos de Chuuya se contraem quando ele olha para ele. —Divertido?! Você... ah, porra, não importa. Apenas me tire dessas algemas! Que tipo de algemas são elas, a propósito?! Minha habilidade -

—É temporariamente anulada,— diz Albatross, agachando-se ao lado de Chuuya para libertá-lo. —Elas são protótipos, mas bastante impressionantes, certo?

— Irritante . Isso é o que elas são.

—Ei, isso é doloroso, Chuuya. Nosso pessoal trabalhou duro nelas!

Quando Chuuya fica de pé, finalmente se sentindo ele mesmo novamente assim que sente a pressa da tristeza maculada passar por ele, ele lança um olhar para Albatross. —Não me chame de Chuuya. Você nem me conhece além dessa pequena apresentação de teatro que você e seu amigo idiota fizeram.

O amigo idiota em questão nem se dá ao trabalho de reconhecê-lo. Em vez disso, ele se vira e abre a porta do contêiner – então é onde eles estão.

Albatross joga o braço em volta de Chuuya. —E nós vamos mudar isso. Que tal comer algo no café da manhã?

—Não.

—Vamos, você deve estar com fome!

Como se fosse uma deixa, o estômago traidor de Chuuya decide rosnar. —Tenho comida suficiente em casa e não quero ir a lugar nenhum com você. Eu nem gosto de você.