Miragem

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Calliope Burns

Terminei meu primeiro copo de uísque e decidi que era o momento certo de andar pelo ambiente. Se havia imaculados naquele lugar, eles estavam misturado entre as pessoas, eram isso o que eles faziam, se escondiam em plena vista. 

Pedi mais uma dose dupla e caminhei entre os jovens, sentia o cano gelado da minha arma na cintura, estava preparada para eventuar confusões. A adaga estava escondida na lateral do meu coturno, era importante ter arma reserva, não importava a ocaisão, eu não saia desprevinida. 

Nada parecia fora do normal, as pessoas dançava, beijavam, bebiam e era possível notar alguns com as pupílas extremamente dilatadas. Imaginei quantos ali não tinham idade para frequentar aquele tipo de lugar, se eu fizesse isso durante a minha adolescência Talia me deixaria de castigo para o resto da vida. 

Senti a frustração começar a chegar junto com a raiva. Eu tinha de encontra-la, eu não fui tão longe e abri mão de tantas coisas para não conseguir fazer o que deveria ser feito. Fiquei mais quarenta minutos sentado no bar, era hora de sair dali, a vigilia seria atoa e eu poderia procura-la de outras formas, faziam apenas dois dias que eu estava na cidade, o trabalho só havia começado. 

Uma presença havia me chamado a atenção. Além de ser uma caçadora eu ainda era humana e tinha meus desejos, estes que foram dispertados quando uma ruiva sentou ao meu lado. Ela era alta, estava com um vestido azul curto, marcando suas curvas, o batom vermelho deixava sua boca chamativa. 

Nossos olhos se encontraram e ela sorriu levantando a taça de vinho branco. Sorri de volta levantando o meu copo de uísque o beberiquei em seguida enquanto fitava os olhos negros. Ela se aproximou com um sorriso charmoso. 

-Me chamo Margo e você? 

-Pode me chamar de Calliope. Disse com um sorriso. 

-Tão bonita e sozinha em um pub num sábado a noite? Isso deveria ser considerado um crime ou até mesmo um pecado. 

Ela era direta, gostei daquilo. 

-Posso dizer o mesmo sobre você ou tem companhia? 

-Depende se você irá querer a minha. 

Margo colocou a mão na minha coxa e sorriu maliciosamente. Realmente não estava para perder tempo e para ser sincera, eu também não. 

-Eu adoraria. Sorri me aproximando mais dela, seu perfume era forte. 

-Acho que podemos ir para um lugar mais reservado, não acha? 

-Certamente. Respondi pegando em sua mão gelada. 

Juliette Fairmont

Era noite de caça, soube disso assim que bateram na minha porta dizendo "vamos nos atrasar". A voz me fizera sorrir, ela era sempre tão pontual e entendia esse meu lado, não que eu fosse usar de seu sangue quando a fome apertasse, nunca cheguei perto disso. Não havia qualquer outro sangue que eu desejasse verdadeiramente.

O último havia sido o dela, todas às vezes em que sangrou perto de mim, o cheiro de ferro inalado me provocava um desejo profundo, fazendo minha cabeça rodopiar. Lembro-me da vez em que Calliope confiou em mim, disse que eu não era um monstro, que não iria machuca-la. Aquilo havia mudado para ela, agora via-me como alguém que jurara ódio eterno.

O nosso fim - First killOnde histórias criam vida. Descubra agora