Infatuation

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Calliope Burns 

Estranhamente os dias seguiram de maneira branda entre eu e Jules, não havia interferencia de nossas famílias sobre o nosso relacionamento, mas todas as minhas ações teriam consequencias e a primeira dela foi uma visita formal de um membro do clã notificando-me que eu estava afastada de todas as minhas atividades e que seria julgada por todas as ações que havia cometido em prol de Juliette Fairmont e todos os outros imaculados que eles acreditam que eu ajudei. 

O clã decidiu manter a minha identidade enquanto esperava pelo julgamento, pelo menos minha mãe conseguiu se safar, arrumou uma forma de provar que não estava ligada as minhas atividades e que só teria vindo até aqui para tentar me conter, mas eu sempre fui a filha rebelde e o clã sabia disso. 

Não demorou para que eu recebesse uma ligação de Apollo, assim que ele soube da notícia, sua voz demonstrava preocupação e queria saber tudo o que tinha acontecido, falamos brevemente sobre o que tinha acontecido de fato, ele estava mais interessado em saber sobre Theo:

-Desde quando você soube?

-Quando Jules mostrou e vi com meus próprios olhos, eu não acreditei que nossa mãe escondeu isso por todo esse tempo.

-Ele ainda é o nosso Theo?

-Não exatamente, ele tem as necessidades de um vampiro, mas é muito diferente do que a última vez que o vimos, como se ele tivesse se conectado com a vida humana que viveu, continua protetor, mas ainda assim é um vampiro. 

-Eu não sei o que fazer. Disse com sinceridade. 

-Por que não vem ver com os seus próprios olhos? Pode ficar na minha casa e depois disso você se decide. 

Apollo acatou a minha sugestão e disse que assim que terminasse a atual missão viria até a nossa casa.

Eu fui uma caçadora durante toda a minha vida, o clã era o que eu considerava minha família, pessoas que formavam um laço de segurança para que eu pudesse ter para onde ir quando as coisas davam erradas. Agora o clã me expulsaria e eu perderia essa família. 

Mas que família é essa que não acata suas escolhas feitas por amor? Dentro de mim havia de fato uma divisão sobre o que sentir ou não, mas essa confusão não tinha relação com escolher Juliette, eu queria ela na minha vida e se para isso eu tivesse que renunciar minha posição como caçadora, tudo bem. 

O meu futuro incerto era algo que preocupava Jules e o assunto sempre retornava as nossas conversas quando estavamos juntas, foi assim logo após a ligação de Apollo, estavamos sentadas a beira de um lago conversando, sabia da preocupação dela quando os alhos azuis me encaravam confusos. 

-Como você está em relação ao julgamento? Ela questionou.

-Não sei bem, um misto de estar em paz porque finalmente tenho você e é aterrorizante pensar no que farei quando eles me expulsarem, porque é claro que farão isso. Respirei fundo. -Na adolescencia era diferente, fui julgada como uma adolescente que foi envenenada, agora eu sou uma mulher e responsável por tudo o que faço. 

-Eu sinto muito. Ela tocou minha mão com os dedos gelados. 

-Não sinta. Entrelacei nossos dedos. -Estar com você faz essas coisas doerem menos. 

O nosso fim - First killOnde histórias criam vida. Descubra agora