A prova de tudo

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    Eu me levanto, encaro a porta e ainda penso em simplesmente sair por ela. Mas e se eu sair? Tudo irá ter sido em vão? E as noites de procura por Hannah? E os flertes com o Jake? E tudo isso?

    Lentamente eu me viro, vejo suas mãos, vindo em direção a mim. Vejo uma delas em direção ao meu rosto, que o levanta com ternura e cuidado, como se eu fosse a jóia mais preciosa do mundo. Assim que eu olho para Jake, vejo seus cabelos pretos assim como ele tinha me dito, e seu rosto era ainda mais perfeito do que eu havia imaginado por dias... Ele tinha uma expressão de medo no rosto, não sei bem se era medo de me perder ou se era medo de falar aquilo.

- S/n, eu amo você. Estou aos seus pés, estou rendido à você. Você é o que mantém vivo, você é como a gravidade que me puxa diretamente pra você. Eu não poderia viver sem ser devastado por esse amor. Por favor, acredite no que eu digo. Você é tudo.

    E com essas palavras, com sua mão acariciando meu cabelo, com seus olhos cheios de lágrimas, eu me convenço que não há lugar no mundo onde eu queira estar, se não em seu beijo, então o faço.
Foi um beijo intenso, um beijo que ardia paixão. Um beijo que se era esperado à tempos de ambas as partes, o Jake ardia por mim tanto quanto eu ardia por ele. O seu beijo foi a prova de tudo, seu sentimento, seu amor. Eu sabia, eu conseguia sentir.
Era um beijo profundo não só de desejo, era de saudade, era de duas almas que sabiam que estavam destinadas à ficarem juntas e estavam felizes com essa ideia. Aquele beijo, sempre ficaria marcado em mim e reconstruiu cada pedaço do meu coração deixando-o disparado.

- Eu amo você, Jake. – Falei, feliz, deixando escorrer uma ligeira lágrima de felicidade.
Pude o ver sorrindo de verdade pela primeira vez, nos abraçamos e no momento em que ele me levantou do chão foi que eu percebi como ele era alto em comparação a mim, e aquilo me fez rir.

- Obrigada por confiar em mim.

- Posso até imaginar você escrevendo isso com uma carinha de sorriso no fim da frase.

- Vamos? Quero ver os outros, se é que ainda estão lá.

- Esses outros incluem o Phil? – pergunto.

- Não, menos ele.

    Saio sorrindo da cara fechada que o Jake faz quando escuta o nome do Phil. No fim do corredor encontramos Alan, mexendo no celular.

- Bom, vejo que tudo ficou bem.

- Sim, obrigada por confiar em mim, Alan. – Jake fala.

- Obrigada por tudo Alan, você é um homem bom. Te devo muito. – falo, dando um abraço no mesmo.

- Bom, s/n. Tocando nesse assunto que você "me deve muito" eu tenho uma proposta.

- Estou escutando.

- O que você acha de ser investigadora criminal? E trabalhar ao meu lado?

- Alan? Sério? Mas eu não tenho nenhum diploma...

- Isso é fácil, te colocamos em uma faculdade e você pode comecar a estagiar comigo, isso diminui alguns anos na faculdade e algumas dores de cabeça pra mim. – ele fala sorrindo.

- É claro que sim, Alan, eu aceito sim. Só te peço pra conversarmos melhor, depois, certo?!

- Que tal um jantar? Claro que o senhor Donfort está convidado. Só não posso o convidar para minha equipe porque sei que o governo usufruirá melhor dos seus entendimentos que eu.

- Seria uma honra pra mim, Alan. Talvez um dia quando cansarem de mim hahaha. – Jake fala, sinto que ele e o Alan serão bons amigos.

- Então, amanhã às 20h? Nós três podemos discutir sobre isso. – Alan propõe.

STORM - a tempestade pós caosOnde histórias criam vida. Descubra agora