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Emma

Quente muito quente está meu corpo. Até sinto o suor escorrer por minha nuca, debaixo dos seios, braços, barriga e pernas. Falando em pernas eu tenho uma há mais. Bem no meio e não é a única coisa que tenho há mais, eu tenho braços e todo um corpo há mais no meu. Abro meus olhos em pânico e não melhora quando vejo a imagem ao meu lado literalmente agarrada a mim.

Lucas Miller está embolado em mim e eu nele, é quase difícil dizer onde eu começo e ele termina. As mãos dele parecem cordas ao redor da minha cintura em um nó bem dado e eu não sei como sair sem acordar ele. E tudo o que não quero é ter que acordar ele e ter que aguentar por ter preferido ficar e deixar que passasse a madrugada me beijando. Eu só não queria que ele me machucasse, só isso. É o que fico me dizendo mesmo que de alguma forma meu cérebro tenha esquecido disso quando fez a proposta, só se tocou da parte dos beijos.

Mas com ele dizendo tantas vezes meu nome de uma maneira tão provocadora mais que outra, meu cérebro já tinha virado lama e não se dava conta de nada além daquilo. Além das memórias que me mandou de Lucas Miller me beijando antes, de nós dois nos beijando antes, de quanto foi mais difícil do que deveria quando me recusei a beijar ele de volta quando me fez revirar os olhos no sofá. De quanto é bom beijar. De por mais que eu odeie ele, de quanto é bom beijar ele.

Eu sou burra.

Uma estúpida.

Eu gosto de beijar Lucas Miller.

O cara que só sabe me infernizar.

Sem me importar mais se vou acordar ele ou não, saio dali sem delicadeza nenhuma, mas ainda temendo mesmo que eu não queira fico parada feito uma estátua quando toco o chão e esperando ele me xingar por acordar ele, porém ele só se move e nada além disso.

Imbecil.

Lhe dou dedo.

(...)

Quando Miller acorda eu já tô livre de todas aquelas roupas, de banho tomado e com minhas atividades prontas tanto da faculdade como da casa e rindo com as mensagens que troco com Tim, tudo pra não ter que pensar no imbecil a minha frente. Está perto do meio-dia e ele ainda está em seu conjunto de moletom preto e coçando os olhos quando se senta ao meu lado e puxa o copo de leite que tenho pela metade em minha frente virando tudo de uma vez.

— O que é engraçado? — pergunta ao mesmo tempo que puxa meu celular com a voz rouca pelo sono — Você vai almoçar com seu namorado hoje? — me devolve o aparelho e levanta até os armários.

Ele tem uma parte só com cereal e é um mais gostoso que o outro, eu acho nunca comi eles e são os mais caros do mercado. Mas pela cara parecem serem bem deliciosos.

— Acha mesmo que se Tim fosse meu namorado eu te deixaria me beijar e ficaria nua pra você? — respondo com uma pergunta já cansada dessa estupidez dele. Ele volta com uma tigela e cereal pra bancada.

— Acho — responde na maior cara de pau enchendo a tigela, ele coloca da minha caixa de leite que tá perto do copo.

— Esse leite é meu — nem sei porquê tô sendo mesquinha. Aí lembro que é Miller na minha frente — E está errado. Se eu tivesse um namorado e principalmente legal como o Tim nunca o trairia ainda mais com alguém baixo como você.

Ele sem se importar nenhum pouco que está usando meu leite pela terceira vez toma um gole direto da caixa.

— Você adora quando eu tô sendo baixo — minhas bochechas ficam vermelhas sem necessidade, mas ficam quando eu entendo do que ele tá falando.

Nas Mãos Do Badboy - 1º da série Nas Mãos Do Amor {COMPLETA 🔞 - BULLY ROMANCE}Onde histórias criam vida. Descubra agora