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Lucas
Alguns dias depois

As luzes da boate irritam meus olhos, a garota agarrada em mim me dá náuseas e o barulho só falta fazer minha cabeça explodir. Porém não tiro suas mãos correndo por meu corpo e muito menos vou embora. Continuo deixando que se esfregue em mim enquanto dança e a beber, o álcool nem arde mais em minha garganta.

Só um maldito tempo depois, que parece como uma eternidade que minha visão se torna embaçada e eu não faço ideia de onde é que tô ao certo, até o toque em meu corpo chega lento, até que um aperto mais forte me um pouco mais desperto.

— Vamos, porra! — há dois do Mark.

Depois surgem mais dois Christian.

— Caralho, Miller! — os dois Chris xingam.

E meu outro braço ganha um aperto, então sou arrastado pelos quatro.



(...)

O sol irrita pra um caralho dos infernos os meus olhos, tento voltar a dormir, mas não consigo. Minha cabeça dói, meu estômago parece que vai mandar tudo pra fora a qualquer instante e todo o meu corpo dói.

Levanto e praticamente me arrasto até o banheiro, nem mesmo consigo sentir ódio quando me dou conta de onde estou. Mal entro no banheiro e noto a privada, meu estômago não pode esperar.

Eu vomito tudo. Até o que não tinha bebido, já que comida nem lembrava a última vez que eu tinha comido. Essa semana entrava sem hesitação para um dos piores dias da minha vida.

— Você está horrível — Erick diz. Eu não acredito que aqueles dois me trouxeram para essa casa — Sua mãe e seu irmão, estão esperando para o café da manhã. Eu ignoro cada uma de suas palavras. Normalmente as pessoas diziam que eu parecia com Veronica, até que conhecessem o filho da puta a minha frente, nossa única diferença é a cor do cabelo. Me odiava por parecer com qualquer um deles, pior ainda, ter algo dos dois — Lucas, estou falando com você!

Eu apenas lavei a boca e meu rosto, notei como os nós dos meus dedos estão novamente machucados, não que eles tenham se recuperado da última briga no campus e estou me jogando novamente na cama. Era dia, então conseguiria dormir um pouco mais.

Ele puxa o cobertor.

Puxo novamente e começamos uma guerra pela coisa.

— Que caralho você quer, porra? — solto a merda do cobertor quando percebo que ele não vai me deixar sozinho e me sento na cama — Fala de uma vez e desaparece. Você é bom nisso mesmo, Mestre dos Magos.

Erick dá a volta e para ao meu lado.

— Estou farto disso. Que bom que está fazendo seu próprio dinheiro, então chega! Você não tomará jeito, pois não quer. Eu sei o quão errado fiz ao fugir como um covarde, que apesar da sua mãe ter os motivos dela, também não foi a melhor coisa a se fazer, mas fizemos e lamentamos todos os dias de nossas vidas, ainda que você não acredite — ele solta o cobertor no chão e passa as mãos pelos cabelos — Mas não dá mais pra viver desse jeito. Você não está apenas se destruindo. Brigas, bebedeira e sabe-se lá onde mais você vai chegar.

Fico em pé.

— Deixa ver se eu entendi: cansou de ir embora e agora quer que eu vá? — sorrio e lhe empurro — É isso, Erick? — lhe empurro de novo, ele apenas me encara — Responde, porra! — seus malditos olhos se enchem de lágrimas.

Quando vou para empurrá-lo novamente, segura minhas mãos.

— Eu te amo, filho, por mais que não queira acreditar, mas está matando sua mãe aos poucos. E fazendo mal ao Tommy também.

Nas Mãos Do Badboy - 1º da série Nas Mãos Do Amor {COMPLETA 🔞 - BULLY ROMANCE}Onde histórias criam vida. Descubra agora