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Lucas

Mark e eu jogamos Chris na cama depois que tiramos ele do banho e colocamos curativos nele pelos machucados. Mark me passa a caixa de primeiras socorros quando nos certificamos que ele tá mesmo dormindo, mas não aceito. Eu só quero ir pra casa, tomar um banho e esquecer parte desse dia de merda. Minha manhã tinha começado até que bem pra esse filha da puta vir estragar.

— Vou tá em casa — Mark assente.

— Não vou sair também. Esse filho da puta — xinga olhando o cara apagado na cama.

— É bom não sair daqui também — falo me referindo ao quarto de Chris.

— Não vou — termina de limpar as feridas das mãos. Os meus dedos nem estavam sonhando em se recuperar ainda então tava doendo pra caralho — Seu advogado pode cobrir nossas bundas se aqueles merdas forem a polícia? — assinto.

— Mas dúvido muito que irão. Chris extrapolou dessa vez — digo e Mark concorda.

— E isso vindo de Lucas Miller.

Lhe mostro o dedo.

— Traficantes, Mark. Fica esperto.

— Enchemos eles de porrada — sorri convencido — Falando em porrada, você sabe pra onde a caipira se mudou? Ouvi que não tá no dormitório.

Quando dou por mim minhas mãos já estão fechadas em punho.

— Por que?

Ele não vê a minha cara de quem tá prestes a socar ele a depender do que diga. Tá virado arrumando as coisas.

— Vi uns ratos outro dia que me lembraram ela — responde animado.

— Eu mexo com ela.

Ele me olha e fica me encarando.

— É eu te paguei bastante pra isso. Mas como afrouxou — dá de ombros.

— Só eu mexo com ela — digo mais firme pra ver se entende de uma vez. Ele me olha feio e devolvo — Algum problema?

— Me diz você — se aproxima.

— Você me ouviu.

Ele me encara pra valer e sorrir.

— Tá com ela — afirma.

— Se esquecer eu vou te lembrar — é a única coisa que lhe digo e saio dali.

Ouço ele me xingando até quando fecho a porta.

Reviro meus olhos.

(...)

Os olhos grandes e verdes correm em minha direção assim que passo pela porta, como se esperasse ser outra pessoa. Emma tá sentada no sofá e quando se dá conta que sou eu volta a olhar pro filme em preto e branco que passa na televisão.

— Quem veio aqui? — ela me olha de novo com os olhos arregalados.

— Ninguém — mente.

Olho ao redor, mas quem veio já se mandou.

— Eu sei que tá mentindo. Tenta de novo — Ela olha pra televisão como se tivesse colada naquela posição — Parker.

Ela suspira.

— O síndico. Eu fiquei ouvindo música bem alto.

— Aquele cara é um pé no rabo — jogo o saco que tenho nas mãos pra ela, cai em cima de suas coxas — Vou tomar um banho e vamos dormir, não tem mais festa.

Nas Mãos Do Badboy - 1º da série Nas Mãos Do Amor {COMPLETA 🔞 - BULLY ROMANCE}Onde histórias criam vida. Descubra agora