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Emma


— Onde você se meteu?

Vanessa pergunta ofegante se atirando na cadeira em frente a mim no refeitório. Ela estava uma bagunça e nem queria ver como ficaria quando a semana de provas chegasse, o que seria em breve. Seu cabelo bem escuro tá em um coque super mal feito e vários fios caindo em seu rosto, sua cara está de quem não dormiu quase ou completamente nada e acho que ela não tomou banho, a roupa é de dormir ainda que um bom conjunto de moletom bastante amassado.

— Bom dia, Vanessa. Como vai? — brinco, passando meu café pra ela.

Ela assopra uns fios pra longe de seus olhos.

— Eu tive a pior noite da minha vida - me ajeito na cadeira pra ouvir ela melhor, ela dá uma golada no café. Eu ainda não tinha encostado a boca nele — Eu juro que essa faculdade vai acabar me deixando doida — rio do jeito que fala — É sério, Em, a meta da faculdade é mandar a gente pra um hospício.

Rio mais.

— Eu te ajudo, Nessa.

— Claro que não, você tem suas coisas.

— Larga de besteira, garota.

Ela não discute mais, passamos a discutir sobre ela não precisar me pagar.

(...)

Tim me encara do outro lado da cafeteria quando entro no lugar, eu fico com vergonha, mas ando até lá.

— Oi.

— Oi.

Dizemos juntos.

Ele sorrir.

Sorrio de volta.

— Soube que foi a estreia da banda do Martin — diz pegando seu café e agradecendo a moça — Gostou? Eles tem um novo show no sábado.

Faço meu pedido antes de responder a ele, pedindo que espere.

— Foi bem legal, eles são bons. Pelo menos no início, não me pergunte o depois — sorrio e ele rir.

— Emma Parker bebe?

— Maior pingunça, cara — respondo e rimos — Não sabia sobre o sábado, de novo: eu acho — encontramos um lugar pra sentar — Como vão às aulas? — pergunto antes de tocar naquele assunto.

— Não tão ruim. Péssimo será a semana de provas — faz uma careta de assustado, lhe dou um sorriso reconfortante.

— Vou ajudar a Vanessa nos estudos, se quiser se juntar. É bom que te recompenso pela palhaçada daquele dia — ofereço envergonhada — Faz tempo que preciso me...

— Precisa nada, Emma. Nós não temos nada e você nunca me deu esperança que teríamos, sei que me vê só com amigo — me envia um sorrisinho que sai meio triste.

Eu fico sem saber sem reagir, então balanço a cabeça e bebo um pouco do meu café.

— A oferta ainda tá de pé, de todo modo.

— Vou aceitar então. Vou pegar um bolinho, quer? Por minha conta.

— Quero — ele rir do jeito desesperado que respondo.

Eu estava faminta, tinha comido só uns biscoitos.

Com o dormitório, só o trabalho da academia não daria para minhas contas, e eu desmaiaria de fome antes de avisar em casa. Estava tão cansada de só dar despesas a minha família. Meus pais mereciam ter algum alívio e meus irmãos aproveitarem de seu dinheiro.

Nas Mãos Do Badboy - 1º da série Nas Mãos Do Amor {COMPLETA 🔞 - BULLY ROMANCE}Onde histórias criam vida. Descubra agora