1\10 •Malas Trocadas•

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Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?

Fernando pessoa 

Passava das nove horas da noite e o homem em seus um metro e setenta e seis, vestindo uma camisa manga longa social e uma calça jeans rasgada na altura do joelho, com um tênis branco nos pés, andava em círculos tentando manter a calma enquanto agu...

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Passava das nove horas da noite e o homem em seus um metro e setenta e seis, vestindo uma camisa manga longa social e uma calça jeans rasgada na altura do joelho, com um tênis branco nos pés, andava em círculos tentando manter a calma enquanto aguardava um retorno do aeroporto.

O homem de cabelos médios com mechas azuis e olhos em um castanho escuro, havia chegado em Taiwan a menos de doze horas e já tinha enfrentado todos os tipos de problemas, desde carro que atrasou para o pegar no aeroporto, reserva em restaurante cancelada por engano e a que ele considerava a pior de todas, ter suas malas trocadas com um estranho qualquer.

Pete Phongsakorn ou apenas Pete — para os que não precisavam usar da formalidade — era um homem um tanto endurecido, gostava de todas as informações alinhadas e ter algo fora de seu controle, o deixava bastante irritado.

— Já é a quinta vez que me deixam plantado nesse telefone esperando um retorno decente. — o homem falou entredentes já se irritando com a demora da atendente em lhe fornecer uma resposta.

— Senhor, faz parte do protocolo de segurança todos esses procedimentos. — a mulher respondeu em uma voz calma e arrastada do outro lado da linha, um tanto tediosa demais, o que só aumentava em mil vezes mais a raiva do homem que agora apertava a mandíbula e prendia a respiração contando, um, dois... até dez.

Sem êxito.

— Espero que faça parte do protocolo ressarcir todos os meus danos! — ele esbravejou desligando o celular sem dar direito de resposta.

Pete morava na Itália, ele havia se mudado da Tailândia a alguns anos para uma especialização na área administrativa e dentro de mais alguns, assumiria uma das filias da Pongsakorn enterprise em Taiwan e por decisão de seu pai, já tomava frente a alguns negócios.

Era na casa de veraneio da família que ele ficava hospedado quando precisava ir até o local. Esse era tipo um dos seus locais sagrados que o faziam relaxar, porém, agora ele se encontrava tenso e irritado com suspiros tão terrivelmente audíveis que só aumentava sua irritação. Ele ainda andava em círculos pensando em como iria ligar pro seu pai e explicar que perdeu sua bagagem com todos os projetos trabalhados por meses a fio, quando teve seus sentidos invadidos pelo som da campainha.

— Quem é o desgraçado que ousa me importunar? — ele falou rangendo os dentes.

Ele se pôs em passos lento na direção da porta, com a irritação se transformando em raiva pela chegada de algum visitante indesejado e ao abri-la se surpreendeu com o que ele chamaria de... visão do paraíso.

Infinitamente Nós↬Oneshot's VegasPeteOnde histórias criam vida. Descubra agora