Em todo universo ou em qualquer universo, em um ou milhões de anos, pelo amanhecer ou anoitecer, aqueles que nasceram predestinados nunca deixam de contar suas histórias.
Seja algo mágico ou não, de um passado recente ou de uma vida passada, todos t...
Se o sentimento é legítimo, este dura para sempre; e qualquer reencontro, será como a primeira vez
Eliseu de Oliveira ❣
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O céu visto do topo do prédio tinha um brilho diferente para Vegas Theerapanyakul, mas naquela noite tudo era diferente.
Depois de descobrir sobre o passado de seu então namorado, ele se sentiu traído e usado, contudo depois de analisar com calma a situação, não podia o culpar por querer se vingar de seu pai.
Ele suspirou profundamente olhando o céu — que mal dava para ver as estrelas por conta das luzes da cidade — na tentativa de encontrar uma maneira para se desculpar pelas palavras pesadas que acabou usando no momento de raiva.
— Eu sou um estúpido! — ele gritou do alto do prédio.
Seu pai deveria se responsabilizar pelo que fez a família de Pete, no entanto, naquele momento só os dois jovens que estavam sofrendo com a distância causada pela ganância do mais velho.
Vegas pegou seu telefone em mãos, verificando pela milésima vez se tinha alguma mensagem de Pete, mas tudo que viu foi a foto dos dois de três meses atrás quando visitaram o parque de diversões no aniversário do mais velho.
Ele encarou a foto dos dois na roda gigante e passou o dedo indicador sobre a face de Pete, como se pudesse realmente tocá-la. Aquilo era sufocante, esmagador e doloroso.
Foram longos seis meses tentando conquistar o jovem e promissor maquiador para no fim descobrir toda uma traição de seu pai.
Vegas Theerapanyakul era um cantor em ascensão na Tailândia, trazendo do berço o amor pela música e a arte.
Havia suas vantagens em se tornar famoso, contudo em algumas situações as desvantagens disparavam na frente sem dar chances de serem ultrapassadas, como era o caso do escândalo envolvendo sua família.
O jovem em seus vinte e quatro anos e seus um metro e setenta e cinco, vestia um blusão de manga longa vermelho com a frase — sou responsável pela minha felicidade — em coreano estampado na parte da frente, acompanhado de uma calça moletom na cor preta e tênis de mesma cor. Seus cabelos com algumas mechas recém pintadas de azul — cor preferida de Pete — dançavam com o vento, no entanto o jovem não ligava, a única coisa que importava naquele momento era saber como seu amado se sentia, se estava se alimentando, dormindo, descansando. Ele sabia a tendência que o outro tinha para ficar horas a fio acordado quando pensava demais.
Estava prestes a completar duas semanas que eles não se falavam, eles nunca haviam ficado tanto tempo sem contato, nem mesmo quando Vegas precisava fazer alguma viagem com o pai, viagens essas que ele nunca conseguiu entender o real motivo da necessidade da sua presença, até aquele maldito dia. Pete até chegou a pedir que outra pessoa assumisse seu lugar na equipe de maquiagem para não ter de cruzar seu caminho com os de Vegas, o que deixou o mais novo devastado. Completamente perdido. Desolado.
