Em todo universo ou em qualquer universo, em um ou milhões de anos, pelo amanhecer ou anoitecer, aqueles que nasceram predestinados nunca deixam de contar suas histórias.
Seja algo mágico ou não, de um passado recente ou de uma vida passada, todos t...
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Vegas esticou o corpo de maneira preguiçosa sobre a cama ainda de olhos fechados e um sorriso surgiu em seus lábios ao lembrar da noite anterior. Os gemidos de Pete ao chamar seu nome, o tesão quase que febril que exalava do mais velho, as lágrimas que se formaram no canto dos seus olhos quando esse chegou ao seu ápice, o sorriso fodidamente bonito que ele lhe enviou quando deitou sobre seu peito. Como ele amava cada minúscula partícula de Pete, cada mínimo detalhe, o sorriso, as covinhas, suas faces enrubescidas quando era elogiado e até mesmo sua maneira simples de viver. Vegas estava perdidamente apaixonado pelo mais velho, mesmo que ele nunca tenha realmente verbalizado, em seu coração não lhe restava mais dúvidas. Ele esticou o braço procurando por seu parceiro, aquele que era o motivo de seu sorriso, chegando até a ponta da cama e esbarrando apenas em alguns travesseiros pelo caminho.
Ele coçou os olhos abrindo-os lentamente enquanto se sentava apoiando as costas na cabeceira da cama e percorria com o olhar ao redor do quarto do hotel, procurando pelo mais velho, sem sucesso. Seus olhos foram desviados para a mesinha disposta ao lado da cama, onde estavam os dois celulares lado a lado e por um momento imaginou que o outro estivesse no banheiro. Não era como se Pete fosse fugir.
Ele se levantou lentamente depois de um gracioso bocejo e caminhou até a enorme janela de vidro puxando as finas cortinas e contemplando uma das vistas mais bonitas do alto do prédio em um amanhecer Francês. Eles haviam viajado depois de Pete mencionar a França como um dos lugares dos quais ele queria conhecer e Vegas queria que o mais velho tivesse a melhor das experiências, por isso providenciou um dos melhores hotéis com uma das melhores vista do lugar. Shangri-La Paris, um palácio histórico, onde havia morado um príncipe. Era o que Pete merecia, por ser considerado por Vegas o seu príncipe.
O click da porta sendo destrancada foi ouvido e Vegas que se virou quase instantaneamente encontrando os olhos brilhantes de seu amado o encarando com certa surpresa, ao mesmo tempo que tentava inutilmente esconder o pequeno bolo que segurava em suas mãos. Um sorriso travesso passou pelos lábios de Vegas e um bufar de indignação preencheu o ambiente antes de Pete fazer um biquinho de frustração.
— Por que você tinha que acordar tão cedo? — Pete perguntou nervoso, ele sabia que Vegas tinha visto, mas inconscientemente mantinha o bolo atrás de si.
— Já são... — Vegas apertou os olhos para enxergar com clareza as horas no relógio digital a alguns poucos metros de si, sobre a mesinha ao lado da cama — nove horas — constatou.
— Nunca consigo fazer uma surpresa pra você — Pete falou aumentando bico. Vegas sentia que iria deter com tamanha fofura e teve que se segurar para não avançar sobre o outro e o fazê-lo ser seu ali mesmo, prensado contra a porta.
— Você me surpreende todos os dias. — ele falou indo na direção do mais velho tentando controlar seu desejo enquanto alcançava seu queixo para acariciar — Todos os dias. — enfatizou olhando em seus olhos.
