Maeve decide superar tudo com que tinha lutado no último ano e concorda se mudar para a cidade natal dos seus pais, apesar de achar aquilo um pesadelo, ela acaba se encontrando com uma dupla um tanto quanto... estranha.
E quando pensa que deixou o s...
________________________________ ATENÇÃO!! Para uma melhor experiência visual gostaria que os meus leitores usassem o seu Wattpad no modo escuro. É isso, boa leitura. ^^ ________________________________
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Uma semana passou a voar. Bom, não que houvesse alguma maneira de uma semana passar lenta para mim, eu durmo mais horas do que fico acordada. Enfim, o que eu quero dizer é: Não vai dar para me esconder mais, este é oficialmente o dia em que a minha paz acaba. A minha mãe acordou com um grande sorriso, o que quer dizer que ela não vai tolerar menos do que eu e o meu pai fazendo o mesmo. -Anjooo, já pode entrar no carro, não se demore! - ela diz no tom mais feliz que ela já conseguiu nos últimos anos. -Estou indo.. - eu digo preguiçosa. O som de caixas pesadas batendo com força na mala do carro sobressai mais que qualquer outro. -E-ei Jess, calma.. cuidado com o carro.. - o meu pai diz para a minha mãe no mesmo tom calmo de sempre. -Calma Henry, eu sei o que estou fazendo! - a minha mãe responde um pouco agressiva.
Eu já deixei as minhas caixas todas - não que eu tenha muitas. - Por isso estou ouvindo a mesma cassete faz uns 15 minutos. "Wuthering Heights" soava bem alto nos meus ouvidos. Nada melhor do que ver minha mãe derrubar uma caixa pesada ao som de Kate Bush. -Estão precisando de ajuda? - eu pergunto finalmente, vejo que os olhos de ambos os pais brilham quando o faço. -Ah filha.. não é preciso.. - vejo que eles também não mudaram. -Okay. - eu digo arrumando as coisas que tinham saltado da caixa que a minha mãe tinha derrubado. Ajudei eles a arrumar as últimas coisas na bagagem e eles não reclamaram. Depois fomos para a minha gelataria favorita. Na verdade não me importa o gelado, apenas a música, eles passam bastante The Smiths, Queen, The cure Deftones etc..
Depois disso só me lembro de adormecer no carro e acordar com o sol na minha cara. -Ugh, que caralhos.. - eu protesto passando a mão na metade da minha cara que estava exposta ao sol. - Que quente! Porra.. Olho em volta e vejo que os meus pais não estão dentro do carro, olho pela janela e vejo que estamos num posto de gasolina. Ah, ali está minha mãe. Ela está dançando aleatoriamente com o meu pai, os cachos negros dos dois balançavam de um lado para o outro. Ai, o que eu daria para uma história de amor igual à dos meus pais.. tão romântico, tão lamechas.. acho que a vida teve de estragar um pouco a história daqueles dois, me dando de presente. A minha mãe me avistou e deu um sorriso.
-OOI FILHAAA. - ela grita, correndo na minha direção. - Bom diaaa! - ela fala num tom mais baixo, abrindo o mais sincero e bonito sorriso de sempre. -Bom dia.. - eu respondo sonolenta. -Ta com fome? - ela pergunta. -Hm, um pouco.. eii - a minha mãe enfia o dedo no meu olho. - ai, calma.. -Tava com remela filha, vem, vamos passear hein. - ela abre a porta do carro com animação. -Já chegámos? - eu pergunto não reconhecendo nada ao meu redor. -Sim, estamos a poucos metros dos Apartamentos Addison. Apartamentos Addison? Saio do carro e vou andando meia a dormir. Sou guiada pela minha mãe que vai cantarolando Baila comigo, da Rita Lee.
Depois de uns 15 minutos a minha mãe pára de andar. -Oi? Aconteceu alguma coisa? - eu pergunto confusa. -Não, não, é que chegámos aos apartamentos. - ela diz com uma expressão que eu desconhecia, como se estivesse relembrando algo. -Ugh.. Nockfell cheira a velhos e bingo.. - eu digo, roubando uma gargalhada da mais velha. -Não brinque com o bingo pois o seu pai amava jogá-lo com os seus avós. - ela fala passando o seu braço por trás do meu pescoço. Andámos até à recepção, a minha mãe me deu a chave e ficou falando com alguém através de uma pequena abertura de cartas numa porta. 4º andar, porta 403 O prédio tinha um aspeto velho, cheirava a velho, e caia aos pedaços como um velho. Nada contra velhos aliás, mas acho que os meus pais arranjavam melhor..
Entro na porta 403 e sinto um frio percorrer a espinha. -Este lugar dá arrepios.. Procurei relógios por todos os cantos mas não encontrei, por isso desci até à receção para procurar. O por do sol já estava acabando, por isso deviam ser algumas tantas da tarde. Consegui ver no relógio de algum residente que era quase 8:00, por isso decidi dormir. O dia passou a correr, por isso queria aproveitar e dormir mais do que nunca, já que, provavelmente, não o poderei fazer mais. Dormi bastante, só acordei de tarde, com muita fome. Fui até à cozinha e não ouvi nenhum tipo de barulho. Tentei procurar algum sinal de vida, e nada.
Talvez tenham ido dar um passeio.. Ouço a campainha por isso presumo que são eles. Ou talvez.. talvez seja uma cilada que a minha mãe preparou. Talvez ela tenha encontrado meninos da minha idade e tenha convidado para a nossa casa numa tentativa de explodir a bolha onde a sua filha vive. Eu acho que sou muito paranóica. Olho pela pequena abertura redonda na porta. Hm, não são eles.. Só consigo ver dois garotos, um de cabelo azul e outro de cabelo marrom. Então eu não sou paranóica! Solto um riso nasal. Estava certa! E ainda falam que sou louca.. Volto para a cozinha e vejo um papel colado na geladeira.
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Já saindo no primeiro dia? Bom, não que eu pudesse esperar outra coisa dos meus pais.. Abro a porta da geladeira e vejo a massa bolonhesa que estava fria. Não podia usar o microondas, fazia muito barulhoso, por isso peguei no meu prato e fui comer a massa fria para o meu quarto. Não estava assim tão mal... as almôndegas ainda estavam mornas por dentro. Acho que agora é a melhor hora para desempacotar. Volto à porta para ver se os garotos ainda estão lá. Uff, já se foram embora, por isso vou para o meu quarto sem me preocupar muito com o barulho. Desempacotei as minhas roupas e mangás. Arrumei também outros livros e materiais de arte. Não tinha muito mais para fazer por isso decidi tirar uma sesta. É, eu sei, deveria me encontrar com os garotos ou algo do género, mas estou tão cansada...
Dormi algumas horas e acordei com o barulho dos meus pais entrando dentro de casa. -Ô FILHA, VAMOS SAIR, SE PREPARA. - a minha mãe grita da cozinha. -OKAY. - eu grito em resposta. Remexo em algumas das minhas roupas e decido vestir umas calças denim marrom claras e um tank top azul da angel blue, space girl. Calcei os meus sapatos Dr.Martens e coloquei alguns anéis, então fui ter com a minha mãe. -Ta linda filha. - o meu pai diz beijando a minha testa. -O que é o jantar? - eu pergunto esfomeada. -Sushi. - a minha mãe responde me olhando feliz. -E aí? Conheceu os garotos? - ela me pergunta esperançosa. -Hm.. não. - eu digo, tentando escapar ao assunto. -Não? - ela diz confusa. -Uhum.. - eu suspiro.
Nós começamos a jantar silenciosamente. A minha mãe parecia um pouco inquieta. -Hm, bom, para onde vamos? - eu pergunto numa tentativa em quebrar o silêncio. A minha mãe abre a boca para responder mas é cortada pelo som de alguém batendo na porta. -Vai la anjinho. - ela diz com um sorriso suspeito. Que estranho.. quem estaria na porta? Começo a me aproximar e então abro a porta e me deparo com os mesmos garotos que vi algumas horas atrás. -Oi. - um deles diz meio confuso. -Oi. - eu respondo, tentando não parecer constrangia. Sinto umas mãos frias nos meus ombros. -Oi meninos, querem dar uma volta e mostrar o apartamento para a minha filha? - era a minha mãe.. -Uh.. tudo bem então Senhora Jess! - o moreno responde. -Okay, então vos vejo mais tarde. - ela sorri.
