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ATENÇÃO!!
Para uma melhor experiência visual gostaria que os meus leitores usassem o seu Wattpad no modo escuro.
É isso, boa leitura. ^^
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Vou andando com a companhia nova daqueles dois garotos

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Vou andando com a companhia nova daqueles dois garotos.
E então o mais alto decide quebrar o silêncio.
-Qual o seu nome? - ele pergunta.
-Maeve Miller. E vocês? - eu pergunto desviando o olhar para tudo à minha volta.
-Eu sou o Larry Johnson, prazer. - ele pára, e estende a mão.
-Prazer em te conhecer então. - não sei se é porque não socializo faz muito tempo, ou porque agora sinto que reprimi a vontade de o fazer, mas algo me dizia que Larry seria alguém interessante.
-Eu sou o Sal. Sal Fisher. - o garoto com cabelos azuis disse, copiando o mesmo gesto de Larry.
Quando apertei a mão de Sal, um frio estranho subiu pela minha espinha, me arrepiando.
-Ah, desculpa, minha mão está fria. - eu solto uma risada baixa pelo facto de ele ter se preocupado com isso.
-Tudo bem, eu que sou fresca, arrepio fácil. Não se preocupa. - eu digo abrindo um sorriso, sincero desta vez.

-Bom, acho que vamos ter que te mostrar o prédio inteiro então, Miller.
Miller? Não me lembro da última vez que alguém me tratou pelo meu último nome.
-Acho que sim. - eu rio.
-Ta rindo do quê? - Larry pergunta confuso.
-Nada, é que ninguém me trata por Miller. Se você quiser pode até me chamar de Eve. - Sal e Larry me fitam os dois.
-Eve? - o azulado murmura baixo.
-Sim, sabe.. Maeve, Eve. Sei lá.. - o garoto abana a cabeça em afirmação lentamente, pensativo.
-Ah, o seu nome é demasiado legal para ser dito, prefiro Miller. Aliás, os vossos nomes são demasiado legais. - eu rio.
-Como assim? - o moreno coça a nuca.
-Pensa comigo. Maeve, eu nunca conheci ninguém chamado Maeve. Sei lá cara. Me faz lembrar de uma vampira super legal de cabelos negros, longos e lisos tocando guitarra. E bom, Sal. Nunca conheci ninguém chamado Sal, é tão legal.. Já eu fiquei com o nome mais vulgar no mundo. - eu rio e Sal também.

-Ah, Larry é muito bonito também. - o azulado comenta.
-Johnson também é muito legal, me faz pensar naqueles idosos que contam histórias em como era ser membro de uma banda de rock. - o mais velho ri de nós os dois.
-Não sei se rio ou choro por você achar Johnson um nome de velho. - eu fico envergonhada.
-Não, mas é um elogio! Sabe, aqueles idosos legais.. - Larry me corta mais uma vez rindo.
-Não, não, eu gostei do seu ponto de vista. - ele diz ao mesmo tempo que vai caminhando e me apresentando os corredores do Apartamento Addison.
-Sally face, pode ver se o Todd está em casa? - o moreno pergunta ao Sal.
Sally face? Que alcunha e tanto..
A única alcunha que eu já recebera foi "Maeve a Estranha", e eu só tenho um pouco de certeza que aquilo não era nenhum elogio.
Fiquei pensando um pouco na ideia de Miller ser o meu novo apelido. Bom, era um começo, certo?
Alguns minutos depois de estar parada na frente de uma porta, Sal e um garoto ruivo saíram.
-Todd, esta é a Miller. Miller, este é o Todd. - Larry disse, se acompanhando com alguns gestos.

-Todd Morrison. - ele disse sem expressão alguma.
-Maeve Miller. - eu disse, abrindo um sorriso envergonhado.
-Pronto, já estão apresentados. Se precisar de ajuda com problemas matemáticos já sabe a porta onde pode bater. - assim que Larry acaba, Todd se fecha novamente em casa. - Só não garanto que ele a abra para você. - Larry sussurra, fazendo Sal e eu soltarmos gargalhadas.
Ficámos nisso por algum tempo, Larry me apresentava a alguns residentes, me mostrava todos os lugares existentes e me fazia, que dizer, fazia todos rirem.
No fim ele acabou por me apresentar à sua mãe que trabalhava nas limpezas do prédio. Então já começava a ficar um pouco tarde e eu disse que iria voltar para casa.
-Quer se encontrar amanhã? - Sal pergunta.
Eu entorto um pouco a boca, a ideia de acordar cedo me matava um pouco a alma.
-Uhum. - eu acabo por dizer.
-Mas você parece incomodada. - Larry diz, franzindo o cenho.
-Ah, eu meio que durmo bastante. - eu solto uma risada sem graça.
-Ahh. Tudo bem, pode ir ter com a gente mais tarde. - eu sorrio.

Mesmo sabendo que a minha ansiedade não me deixaria dormir mais quando acordasse com a luz, fiquei feliz em saber que eles não se importavam de eu ir mais tarde.
Entrei em casa e meus pais não estavam lá, outra vez.
Tirei a pouca maquilhagem que tinha colocado pois pensei que fosse sair e vesti o meu pijama de caveira.
O meu pijama era velho, não me aquecia, mas quanto mais o usava mais vontade tinha de ficar com ele para sempre.
Arrumei o cabelo para dormir e me deitei na cama pensando no dia de hoje.
Não tinha sido não mau. Eu estava me adaptando bem, mesmo que um pouco contrariada.
Pensei no que faria amanhã, e de repente não conseguia mais dormir.
Solto um grande suspiro. Odeio quando isso acontece.
Fui no quarto dos meus pais e peguei no pequeno teclado musical que ainda estava empacotado e no maço de cigarros dentro da mesa de cabeceira da minha mãe.
Voltei para o meu quarto e me sentei com o teclado em meu colo.
Tirei um cigarro do maço e acendi com um isqueiro.
Dei algumas tragadas e o apaguei. Então toquei algumas partes de Für Elise que ainda estavam presentes na minha memória.
Talvez estejam se perguntando algumas coisas.
1- Os seus pais não vão se chatear com você fumando?
2- porque raios está tocando teclado(piano)?

A resposta é:
1- provavelmente, como estou fumando dentro de casa vai ficar cheiro a tabaco, e minha mãe odeia. Mas fazer o quê. Talvez até desapareça antes deles chegarem.
2- me acalma, e me faz pensar quando meu irmão vai me visitar.
Talvez eu explique isso melhor depois..
Agora já começo a ter vontade de dormir.
Arrumo as coisas e lavo os dentes, então volto para a cama e durmo.

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© plot by Moon | 2022

More regrets and cigarettes - Larry JohnsonOnde histórias criam vida. Descubra agora