Maeve decide superar tudo com que tinha lutado no último ano e concorda se mudar para a cidade natal dos seus pais, apesar de achar aquilo um pesadelo, ela acaba se encontrando com uma dupla um tanto quanto... estranha.
E quando pensa que deixou o s...
________________________________ ATENÇÃO!! Para uma melhor experiência visual gostaria que os meus leitores usassem o seu Wattpad no modo escuro. É isso, boa leitura. ^^ ________________________________
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Estava tudo muito estranho, o fundo se distorcia enquanto ela falava. Era a minha mãe. Com um estilo punk antigo, algo me dizia que isso não estava certo. -Ei filha, me conta sobre o acidente. - ela diz com um sorriso desconcertante. A sua voz era fria, não mais aconchegante, como habitual. Só consegui suspirar. -Você o matou? Não foi? - ela ri. - Vá, não tenha medo, quero ouvir de sua boca, assassina. - O rosto da minha mãe agora se desfigura. Isto é um sonho, só pode ser um sonho! E então acordo, tento achar algo dentro do apartamento, só não lembro o quê. A porta abre e então Larry e Sal vêm correndo até mim. Eles me abraçam. Depois não sinto mais os fios longos do cabelo de Larry, me afasto rapidamente.
-Oi, quanto tempo. - os olhos verdes acizentados me fitam por um tempo. Ele está igual. Está.. -Oi. - respondo incrédula. -Posso te perguntar um coisa? - o fundo continua muito embaçado, distorcido. Estava me dando dor de cabeça. -Vamos, não temos muito tempo. - deixamos o meu novo apartamento em segundos e voltamos para o meu antigo quarto. Em Stockton. Deitado sobre o meu colo, Luccas me olha como nunca olhou. Nem mesmo no tempo em que ele só tinha olhos para mim. Agora ele já não tem olhos para mim. Nem para ele. -Vá, relaxa, não percebo o porquê da feição assustada, Maeve a Estranha. - na luz que aquecia a sua cara, os seus olhos transbordavam uma sensação de tristeza, frieza, arrependimento. A luz que passava pela minha antiga janela, era quente, mas não conseguia me aquecer. -Pode perguntar. - eu digo.
E ao olhar para ele naquele momento, a sua cara transcorria. Estava estranha. Estranhamente perfeita, não sei se era de facto ele, mas pelo menos parecia. -Você acha que consegue amar alguém num nível tão alto como se ama a si mesma? - eu não sei. A pergunta parece saída de um dos seus livros de poemas, e mesmo tendo lido todos eles para o impressionar, eu não sei como responder. -Eu não sei.
Ele suspira. -Você consegue amar alguém tanto quanto se ama a si mesma? - a sua cabeça começa a pesar nas minhas pernas. -Eu não sei.
-Você consegue amar alguém de todo? Também não sei. Naquele momento estava mais frágil que um vidro já quebrado. -Maeve, só me responda à primeira pergunta. Você consegue amar alguém tanto quanto se ama a si mesma? - sinto algumas lágrimas nos olhos, embaçando a minha visão. -Não. Ele ri. -Eu não sou capaz de me amar. Como poderei amar alguém? - ele suspira como se fosse um professor tentando ensinar algo a um aluno teimoso. -Maeve, isso é impossível. As minhas sobrancelhas arqueiam. -Você é a pessoa mais egocêntrica, narcisista e egoísta que eu conheço. E mesmo que não fosse, você me ama, não é? Ou pelo menos amou. - ele sussurra a última parte. -Eu te adoro. -Mas não ama?
-Eu te amo! -Então porque me matou?
Quão importante é um sonho?
Acordo suada. E triste. Eram 10:44, por isso vou à cozinha e bebo alguma água para tentar me acalmar. Nunca tive nenhum pesadelo assim tão marcante. É claro que já tive sonhos com o Luccas, pesadelos também. Mas ele nunca falava nada. Alguns eram só sonhos estranhos onde ele simplesmente me abandonava, noutros ele aparecia no meu funeral, noutros nós pulávamos na cama e riamos na chuva. Era assim até me esquecer completamente da sua cara. Tentei não pensar muito naquele sonho.. já sou demasiado paranóica, sempre que penso no que aconteceu tenho vontade de vomitar. Este sonho me dava voltas na barriga, por isso cheguei à conclusão que esquecê-lo seria a melhor opção.
Ah, estava tão submersa nos meus próprios pensamentos que nem notei no bilhete deixado pela minha mãe.
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A "bronca" por escrito da minha mãe conseguiu me relembrar da conversa com os garotos ontem.
"-Quer se encontrar amanhã? - Sal pergunta. Eu entorto um pouco a boca, a ideia de acordar cedo me matava um pouco a alma. -Uhum. - eu acabo por dizer. -Mas você parece incomodada. - Larry diz, franzindo o cenho. -Ah, eu meio que durmo bastante. - eu solto uma risada sem graça. -Ahh. Tudo bem, pode ir ter com a gente mais tarde. - eu sorrio."
Bom, depois deste pesadelo não consigo simplesmente voltar a dormir por isso vou me arrumar para ir falar com os meus novos amigos. Eu me pergunto como minha mãe e meu pai conseguem ser tão "presentes". Vesti uns saia de ganga de cintura baixa meio esverdeada, um top preto e calcei os meus Dr. Martin - que já se tornaram basicamente parte da minha personalidade. Calço meias brancas não muito longas e peguei também uma messenger bag. E só depois de alguns minutos, e maquilhagem, saí de casa. Então percebi que eles nunca me falaram onde iriam se encontrar. Um motivo para ficar em casa, wow. Calma Maeve, vamos lá, já se passou muito tempo, tenho de seguir em frente. Vou confiante até ao primeiro andar, onde Larry vive. Na verdade só Larry e Lisa vivem lá pois além da porta deles só existe a dos arrumos. Suspiro antes de bater na porta.
E quando o faço prendo a respiração. Ouço alguns passos. O som era cada vez mais alto e claro, por isso inspirei fundo, não poderia morrer sem ar é claro. E então vejo os longos cabelos de Larry. Ele ainda estava de pijama. Uma camisola preta grande, também com as letras SF - suspeito que aquilo queira dizer Sanity's Fall, mas não perguntei ainda. - e uns calções cinzentos também grandes. Ele estava calçando umas meias brancas e uns chinelos cinzentos. -Bom dia. - eu digo. Ele esfrega os olhos e olha para mim, como se estivesse tentando lembrar quem eu era. -Miller? - ele diz sonolento. -Johnson? - eu o imito. Ele me fita por alguns segundos. Depois me olha de cima a baixo. -Quer entrar? - ele diz tombando a cabeça para o lado. -Uhum. - eu sorrio nervosa.
Entro na casa do Larry, o seguindo. Passei por Lisa hoje por isso acho que estamos sozinhos? Me sinto um pouco nervosa ao pensar nisso. E então entro no quarto dele e vejo Sal deitado num colchão no meio do seu quarto. -Sal? - ele diz. -Hm. - Sal resmunga. -Sally face??? - o moreno diz um pouco mais alto. -Ahmm. - Sal continua resmungando. -Sally face!! - o moreno diz rindo até levar com uma almofada na cara. Então o Sal levanta a cabeça, vi que estava sem a sua máscara prostética então eu me viro. Sal solta um som interrogativo. -É a Miller. - Johnson diz. -Deveria ter me avisado - ele suspira.
Passaram alguns minutos e então sinto alguém cutucar minha perna. -Pode se virar. - Sally diz. -Bom dia. - eu digo. -Bom dia. - ele diz abanando um pouco a cabeça.