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ATENÇÃO!!
Para uma melhor experiência visual gostaria que os meus leitores usassem o seu Wattpad no modo escuro.
É isso, boa leitura. ^^
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Fico um bom tempo carregando o moreno nas costas

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Fico um bom tempo carregando o moreno nas costas.
Foi engraçado ver a reação da dupla quando eu não caí no momento em que Larry "saltou" para as minhas costas.
Estávamos andando sem rumo.
Sally propõe, novamente, uma ida ao lago mas Larry refuta a idea facilmente.
"Cara, de todos os lugares você quer mostrar esse lago fedorento para a Miller?", foi o argumento que o mais velho utilizou.
Sally não se debateu muito, apenas aceitou a derrota.
Larry Johnson era bastante pesado, mas não que eu não aguentasse, era apenas cansativo.
Com toda aquela altura não era fácil ser leve, penso, mas também não nego que o facto de ele não ser um cara muito saudável não desconte no seu peso.
Não importa muito, já estávamos andando havia algum tempo, o peso nas costas já não era tão chato como no início.

Eu conseguia sentir o corpo tenso de Larry vez ou outra, provavelmente ele sentia também a minha respiração meio descompassada pois de um certo tempo em um certo tempo ele me questionava sobre o meu estado físico.
"Ta tudo bem mesmo?"
Era uma pergunta que eu estava escutando frequentemente durante o caminho.
Sempre respondia com um "Uhum".
Se estivesse de facto cansada, já teria soltado o moreno há séculos!
É claro que na minha cabeça eu já estava a fantasiar com soltá-lo no meio da cidade que eu nem conhecia direito, mas é claro que não o fiz.
Pensei que Sal estivesse pensativo, aluado, mas estava errada pois como Larry ele estava bem concentrado em tudo o que eu fazia, oferecendo ajuda de vez em quando.
Passámos lentamente pela escola que Larry frequentava.

-Você não veio aqui mesmo Sal?

-Não, não tive muita curiosidade. É só uma escola mesmo. - ele diz num tom tedioso.

-É aqui que vamos passar maior parte do ano, não sentiu uma pequena tentação de vir ver como era?!

-Não. Não de todo..

Larry ri ao ouvir a conversa. Já o tinha deixado caminhar sozinho fazia alguns minutos.
Ele chutava algumas pedras no caminho.
Eu suspirava, sei que estive um ano em casa e que ainda estava em estado de luto e provavelmente num nível preocupante de depressão, - dito assim parece mau, mas eu juro que estou bem - mas a minha versão "a adolescência é tão legal!" estava apenas adormecida.
O que eu quero dizer é:
Bem lá no fundo eu ainda fico super ansiosa com algo básico como, comprar o material escolar ou até o primeiro dia de aulas.

-Cara, é sobre aquilo que eu estava falando!

A voz de Larry me arranca do pequeno transe onde eu estava.
Com o seu indicador ele mostra uma caravana/loja duvidosa do outro lado da rua. Na minha cidade aquilo seria com certeza um lugar disfarçado para "vender doces". Claramente se vendia droga mas apenas os locais tinham noção disso e a polícia não se importava muito.
"NETALICA! A SUA ZOJA NAIS MANEIRA!" era a única coisa que conseguia ler, e eu estava de óculos!
O "letreiro" desgastado e muito confuso não me ajudou nada a entender do que se tratava aquela loja.

More regrets and cigarettes - Larry JohnsonOnde histórias criam vida. Descubra agora