Maeve decide superar tudo com que tinha lutado no último ano e concorda se mudar para a cidade natal dos seus pais, apesar de achar aquilo um pesadelo, ela acaba se encontrando com uma dupla um tanto quanto... estranha.
E quando pensa que deixou o s...
___ ATENÇÃO!! Para uma melhor experiência visual gostaria que os meus leitores usassem o seu Wattpad no modo escuro. É isso, boa leitura. ^^ ________________________________
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Emma Thompson
Não sei do que é feito da garota que costumava ser. Não gosto de "pequenas introduções", nunca me sinto confortável em me resumir em apenas algumas frases. Odeio quando me perguntam: "Se conseguisse resumir a sua pessoa em 3 palavras, quais seriam?", como se alguma pessoa pudesse se resumir em tão pouco?!
Costumava ser obediente antes do pai partir, mas agora sou dona de mim. Quem me conheceu antes disso não percebe quem eu sou agora. Lembro-me vagamente do que era feito de mim antes, mas às vezes só preferia esquecer! Sei que para evoluirmos temos de olhar e refletir sobre o passado, e bla bla bla. Mas eu sei quem sou. E sei exatamente no que me quero tornar.
Como já disse antes, odeio pequenas introduções, então aqui vai uma graaaande introdução! O meu nome completo é Emma Bjerk Thompson, nasci na Noruega, meço exatamente 1,72, peso 59 kilos. Tenho 34 dentes, ficando acima da média de 32 dentes, o que faz com que haja menos espaço para eles, e eles acabem por serem tortos, mas eu não ligo muito para isso.
Tenho um sinal perto do meu olho, tenho olhos castanhos escuros e sou loira natural, mas eu pinto meu cabelo mais frequentemente do que corto as unhas dos pés. A minha pele é branca e eu nunca consigo me bronzear, eu acho.. Apesar de ter nascido na Noruega, Lofoten, para ser mais precisa, nunca saí de Nockfell. O meu sonho é viver nas ilhas de Lofoten, e ver as auroras boreais. Gosto de arte, gosto de ler e gosto de atuar. Não gosto de sítios barulhentos, nem de sentir os meus dedos molhados se tocando, ou tocando em toalhas pouco macias..
A minha mãe chama-se Astrid Bjerk Olsen. Astrid significa "beleza divina", o que combinava muito com ela nos anos 80, quando ela era uma modelo altamente conhecida na Escandinava. Até ela conhecer o meu pai, um produtor musical promissor, que decidiu acabar com a sua trajetória profissional a deixando grávida no pique da sua carreira. Este casal, que perdeu a sua popularidade depois de 5 meses, teve a sua filha na ilha natal do seu progenitor e depois se mudaram para Nockfell, e perderam o último resquício da sua importância e fama.
Anders Bjerk, o meu pai, perdeu todo o dinheiro que alguma vez ganhou em apostas e casinos. Anders é a forma escandinava do grego Andreas, que significa "homem, guerreiro", o que não combina nada com ele, já que ele nunca foi homem nem guerreiro, muito menos um homem guerreiro. Quando completou 38 anos, ele percebeu que sentia falta dos flash repetitivos dos paparazzis na sua cara, e de entrar em clubs para engatar modelos sensuais ou galdérias, e então ele nos abandonou. Eu tinha 10 anos, e a minha mãe tinha 29.
Depois de ele nos deixar, a minha mãe começou a ficar em longos turnos no trabalho que tinha como barista. Voltava para casa com pouca roupa, muito embriagada e com cheiro a cigarro. Os seus olhos vermelhos me assustavam, e ela nunca falava para mim quando chegava a casa. Quando entrava, derrubava o que conseguisse, e depois sentava-se no sofá, recusando qualquer ajuda para se mover até lá. Eu costumava ser aplicada, para conseguir a aprovação da minha mãe. Lá no fundo, eu só queria que ela voltasse a ser bonita e saudável. Lá no fundo, eu só queria que ela se lembrasse de que era uma mãe, e que eu era a sua filha. Mas ela nunca se importou com as minhas notas, e nada nunca mudou.
Quando eu completei 13 anos eu me sentei do lado dela assistindo TV. E lembro a conversa que tive com ela detalhadamente. Até porque foi a última..
Depois de assistir uma mulher qualquer fazer uma leitura de tarot, percebi que a minha mãe me observava. Olhei para ela de volta e mantive o meu contacto visual. Ela tombou a cabeça levemente e fechou lentamente os seus olhos, os deixando entreabertos, me analisando por completo.
—Você é a minha filha, certo? - ela pergunta num tom indiferente.
Astrid envergava um micro-vestido brilhante, as suas íris azuis claras, esbranquiçadas contrastavam a sua maquilhagem preta borrada.
—Uhum. - assinto nervosa.
—Não se parece nada com ela. - a mulher cospe, praticamente. Depois aproxima a sua cara à minha e fica me olhando de perto por alguns segundos.
Então ela pega na minha cara com ambas as mãos e aperta-a fortemente.
—Qual é a sua? - ela pensa alto. - Porque é desse jeito? Tem algo te segurando? Sai desse buraco que te esconde. Mostre para o mundo quem é! Nem parece minha filha. - ela fala. O seu tom de voz se torna cada vez mais fraco, a suas falas cada vez mais arrastadas e sonolentas, e então ela cai no sono.
Eu, estática, refletia sobre o que ela tinha dito. "Sai desse buraco que te esconde" "Nem parece minha filha".. E foi depois desse momento que decidi mudar.
"Um belo dia resolvi mudar E fazer tudo o que eu queria fazer Me libertei daquela vida vulgar Que eu levava estando junto a você" - Rita Lee
Depois que minha mãe adormeceu, não falámos por meses, anos. Eu fazia meus trabalhos de casa numa caravana loja. Jason e a sua mãe gostavam muito de mim, e quando completei 15 anos, eles me ajudaram a mudar de casa. Vivo com eles desde então. No meu aniversário, comecei a pintar o cabelo, a fazer piercings e tocar guitarra.
Comecei a fazer tudo o que me fazia sentir como eu mesma. Com a ajuda de Rosette, a mãe de Jason, aprendi a pintar as minhas unhas e a fazer a minha maquilhagem. Rosette me amava como qualquer mãe amava seus filhos. Ela me apoiava e adorava a maneira como eu me vestia. Jason era como um irmão mais velho, ele me educou musicalmente e me apresentou às bandas e artistas que mais gosto.
Visito a minha mãe às vezes na reabilitação, muito ocasionalmente. Ela sorri quando me vê.
Na escola as coisas vão bem. Eu tiro boa notas, respeito os meus professores, fumo maconha nos banheiros femininos.. Saio da cidade, desapareço por algumas noites. Ganho dinheiro sujo. Atuo. E agora sou feita disso. E não me arrependo de nada.
________________________________ Oi galera, como vai? Tem sido muitoooooo difícil atualizar essa fic. Agora que estou finalmente de feiras, prometo atualizar mais a fanfic. O que acharam desse capítulo? Foi meio atoa, mas era só para vos dar a conhecer a Emma, o que acharam dela? Ela vai ser uma personagem importante na fic. Não sei bem o que dizer, depois do encontro da Mae com o Luccas fiquei sem ideias para continuar, mas espero que não tenha desiludido com o cap.. AINDA NÃO REVISEI, PEÇO PERDÃO POR QUALQUER ERRO!!!
Espero que vocês tenham gostado do cap e até à próxima! Não se esqueçam de votar e comentar (eu amo ler todos os feedbacks! E tento sempre responder alguns!)
