...Sete...

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Kinn POV

Por algum motivo o modo com o qual Porsche me via me irritou. Não queria que ele me visse como uma pessoa má. Passei a noite em claro pensando sobre que tipo de pessoa eu era. E me perguntando como ele via através de mim e das minha mentiras.

***

Dois dias inteiros dentro do escritório me fizeram quase querer morrer. Eu não aguentava mais ler nenhum documento estava ponderando arranjar um cachorro para o alimentar com essa papelada do demônio.

Eu mal me alimentei ou dormi pois meu pai fez um acordo grande e nada pode dar errado. Eu preciso provar que sou capaz ou posse ser fácilmente dispensado.

Finalmente meu guarda costas favorito entrou no quarto com uma bandeja de comida quente e cheirosa.

- Big! Você percebeu que estou com fome ?- pergunto.

- Você não comeu nada desde ontem, teria que ser um alienígena para não estar com fome. - ele diz sorrindo.

- Obrigado pelo menos alguém se preocupa comigo. -falei alto com a intenção de ser ouvido pelo Porsche que a essa hora do dia deve estar na porta vigiando.

- Senhor Kinn não quer falar mais alto? Ainda acho que meu amigo não escutou. - Big me diz com olhar atrevido.

Esse filho da puta! Ele está zombando de mim. E quem disse que eu queria que o Porsche ouvisse? Certo eu pensei, mas não era para esse bastardo saber.

- Some daqui - falo nervoso.

Mas tarde naquele dia vi Porsche sentado com Pete sozinho no refeitório. Ele parecia estar reclamando de mim, o que não era incomum. Então me aproximei sorrateiramente dos dois que estavam distraídos falando alto e fazendo gestos exagerados.

-O fato é que ele acredita que sou uma espécie de empregado nos últimos dois dias ele tem sido estranho. Mas antes disso ele já chegou a me fazer limpar o banheiro dele. - Porsche reclama.

Abri um sorriso involuntário ao lembrar da expressão de ódio dele quando o fiz limpar meu banheiro. Quando terminou, Porsche levou minha bandeja de comida e pôs em cima do vaso, só por eu ter perguntado se ele havia limpado mesmo.
Ele se zangou e me mandou comer no banheiro para tirar a prova.

Admito que ele pode ser muito atraente e fofo quando está possesso. Certo, parece que vai arrancar meus olhos e por na boca mas continua adorável.

- Porsche quanto tempo vai ficar aqui batendo papo. - digo com uma voz firme.

Porsche quase caí da cadeira ao se levantar abruptamente. Ele se curva e faz uma expressão de susto  muito adorável. Acabo sorrindo pois não sei como não me sentir melhor após ver ele e ouvir ele. Esse garoto me adoeceu não sei o que fez comigo mas não quero ser salvo.

- Agora não posso nem reclamar desse babaca. - Porsche cochicha.

Vejo Pete ficar pálido enquanto sorri fraco para mim e sai correndo daqui. Porsche faz um gesto implorando a Pete para permanecer mas o fiel amigo dele apenas falou baixinho um " isso não é problema meu" e desapareceu pelo corredor.

- Porsche eu admiro que não tenha medo da morte.

- Não tenho medo pois trabalho pra ela - ele diz e revira os olhos.

Desgraçado! Após esse comentário maldoso eu o puxei para mim o fazendo ficar próximo. Ele foi pego de surpresa e por isso não reagiu.

- O que diabos está fazendo? - ele pergunta

- Eu não estou fazendo nada demais - observo o olhar de Porsche.

Porsche põe a mão no meu peito me afastando para trás. Fico irritado com seu comportamento mas antes de poder reclamar ele saiu do recinto.

KinnPorsche (Não Original)Onde histórias criam vida. Descubra agora