...Dezoito...

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Quando Kinn chegou até seu pai ele levou um presente. Acorrentado e com o rosto e corpo cheio de machucados estava o espião Ezio.

Ver seu próprio filho capturar o homem deixou Korn orgulhoso. Ele teve medo que tudo se perdesse caso Kinn soubesse a verdade. Mas Ezio apenas viu as informações ele não tinha provas.

E assim como o velho pensou, seu filho jamais acreditaria em uma história dessas. As mãos de Ezio pareciam vermelha de tanta força aplicada ao prender o rapaz.

Ao lado de Kinn estavam seus fiéis escudeiros. Porsche e Big andavam um de cada lado do homem Big empurrando Ezio.

A expressão de Big era fria ao empurrar seu amor com tanta força até ele cair de joelhos sob Korn. Ele voltou ao lado de Kinn e sua atitude sombria fez até Porsche estremecer.

- Me lembre de nunca ter Big como inimigo. - ele cochicha baixo.

Korn sorri e anda até seu antes aliado com expressão calma e suave. 

- Eu costumava admirar você Ezio. Tudo sobre você me atraia por ser um jovem habilidoso e esperto. Sabe por um momento achei que você seria o único com quem eu deixaria Kinn ficar. Seu pai também pensava como eu e queria juntar vocês dois. Então me diga como pôde jogar tudo no lixo? - ele pergunta sério.

- Por que eu me importo com o Kinn! Por ele ser importante para mim eu não poderia deixar ele viver uma mentira. - Ezio grita com toda sua força.

Essa frase fez Big trocar o peso dos pés com uma sensação desconfortável no peito. Porsche arqueou uma sombrancelha mas não disse nada.

Kinn sorriu, ele nunca teve tantas pessoas que o entendessem e se importasse com ele. Na verdade ele sempre se afastou de seus irmãos exatamente por se sentir estranho.

Korn dizia que os irmãos dele eram apenas um atraso e que eles o afundariam para o limbo. Kinn só queria o respeito e ser o orgulho do pai. Mas para isso ele teve que se isolar.

Depois de ver como Khun se sacrificou por ele e viveu em silêncio para o proteger de seu próprio pai ele se arrependeu. Por cada vez que chamou o mais velho de louco ou não o levou a sério.

Ver a cara  de zombaria de seu pai agora só lhe dava nojo. Mas então o velho Korn se sentiu confuso com o sorriso no rosto de seu filho e então parou.

- Kinn... Não me diga que você acredita nesse cara. - as palavras do velho eram cautelosa.

A essa altura tudo era um jogo, Korn chutou Ezio uma vez com força. Big respirou fundo e Porsche desviou o olhar enquanto o velho dava mais um chute no estômago do mercenário.

- Eu só acredito em uma pessoa pai. - Kinn diz.

Korn abre um sorriso como se sentisse que seu filho se referia a ele. Mas a verdade é que nesse instante Tankhun invadiu a sala com alguns homens.

- Eu só acredito na minha família. Acredito no meu irmão. - essas palavras foram certeiras.

O sorriso de Korn morreu ao começar a processar o que estava acontecendo. Tankhun segurava uma arma e veio apontando ela em direção ao seu pai.

- Finalmente vamos resolver nossos assuntos inacabados. Papai. - Khun fala sério.

- Eu estou desapontado, você é extremamente previsível filho. - Korn fala.

Nesse momento vários outros homens entraram no lugar com armas apontadas para todos menos Korn. A expressão de Kinn ficou tensa mas Porsche pegou sua arma e então disse.

- Parece que isso não vai ser do jeito fácil.

Nesse momento Ezio se solta de suas amarras e derruba Korn no chão. Agora o assassino tem uma arma apontada para o peito do líder da primeira família.

KinnPorsche (Não Original)Onde histórias criam vida. Descubra agora