...Vinte...

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Oito meses depois...

Big POV

Passou muito tempo, em meu coração era como se alguém tivesse o arrancado e removido pra outro lugar. Me sentia sem vida e sem esperança caminhando pelas ruas da Tailândia.

As vezes eu ia na boate onde ficamos pela primeira vez. Beber um pouco e olhar aquelas luzes me lembravam dele. Como se eu quisesse me apegar a qualquer resquício de esperança.

Eu o odiei, o odiei profundamente por me abandonar após me prometer que estaríamos sempre juntos. Ele apenas largou nossas promessas pelo canto como se não tivessem valor.

Naquele dia eu estava perto do hotel onde ficavamos escondido dos outros. Eu não tinha coragem de entrar nem pra usar o banheiro. Tudo ali era repleto de lembranças.

Quando eu estava indo embora, decidi acender meu cigarro e caminhar. Dois homens vieram na minha direção. Sua expressão era estranha tentei ignorar mas em algum ponto era óbvio que estavam me fitando.

- Você é o Big né? Que coragem andar no nosso território depois de matar nosso amigo. - eles disseram.

Mesmo meses depois de Korn morrer ainda sofro as consequências de ter trabalhado para ele. Em seu nome fiz muitas coisas das quais não me orgulho.

Percebi que Ezio tomou para si toda a dor do mundo como se ele fosse o único monstro. Mas entre nós dois só há demônios mas ainda temos coração e eu ainda me permiti amar. E ele jogou todo esses esforço fora.

Me apoiando na parede com um pé e com o outro chutei um dos caras. Ele  já caiu derrubando o amigo. Saltei entre eles e sai correndo para o outro lado do beco.

Mas não sei por que me surpreendi com a covardia dos cara. No final do beco tinha mais dois homens um deles armado. Naquele momento eu tinha certeza que eu morreria.

Morreria sem ver o rosto dele uma última vez. Sem um último beijo e sem um último abraço. Eu só podia lamentar enquanto um vídeo de nós dois rodava na minha mente.

Os disparos vieram e eu caí no chão imediatamente. Eu morri sem ele, eu apenas morri em vão sem o ter como eu.

Um instante se passou e senti  uma mão tocar meu rosto. O calor me causou um arrepio familiar. Perto de mim ouvi passos vindo em minha direção apressados.

Só então reparei que eu não estava sentindo dor. Abri meus olhos e vi ele com uma arma na mão apontado para a direção dos outros.

- Eu não tô afim de matar mais ninguém hoje. Mas se derem mas um passo para perto do Big eu vou matar qualquer um que se por no meu caminho. - a voz dele era firme.

Ele estendeu a mim e então eu a segurei ele me ajudou a ficar em pé. Olhando para os homens caídos no chão percebi o crucial. Eu não levei nem um tiro, Ezio atirou nos desafetos.

- Como diabos você sabia que eu estava em perigo ? - pergunto.

- Eu fiquei pouco tempo na Itália por sentir a sua falta. Então fiquei te seguindo a distância queria garantir que você estaria bem. Queria te proteger.

Um sentimento de raiva e amor se misturavam em meu peito. Eu não sabia que se me sentia feliz em o ver bem e vivo ou se o odiava por me deixar.

Seus olhos estavam focados em meu rosto. Levantei minha mão para lhe dar um tapa no rosto, ele inclinou o rosto já esperando pelo golpe.

Não consegui eu sentia mais saudade dele que ódio. Percebi isso quando o vi, e o fato dele estar secretamente zelando por mim só deixava eu ainda mais agradecido.

KinnPorsche (Não Original)Onde histórias criam vida. Descubra agora