... Dezesseis...

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Kinn POV

Assim que me senti melhor eu decidi escapar do hospital. Os italianos ainda estavam atrás de mim como loucos.

Eu sabia que algo de errado havia acontecido pois Ezio nunca mais me mandou mensagem.  Fiquei preocupado mas eu conheço ele o bastante sobre ele pra saber que somos iguais, queremos lidar com tudo sozinhos.

Desde que eu levei esse tiro Porsche não saiu do meu redor. Sinto que ele se culpa por ter falhado em me proteger além de que eu fiquei assim por o proteger.

Ele segura minha mão e se mantém por perto como se tentasse reafirmar pra si mesmo que eu estou bem e vivo.

- Você ficou inconsciente Kinn. Eu não sabia se você estava vivo ou não. Por isso senti tanto medo que achei que teria te perdido...

As palavras de Porsche me invadem enquanto eu dirijo o carro até um hotel bem longe daqui onde sempre me escondo quando preciso fugir.

Fiquei me perguntando quando ele diria essas palavras em voz alta. Sei que ele não concorda que eu saia do hospital mas eu tenho mais chances de sobreviver na rua.

- Eu sei, sinto muito por preocupar você.

Vejo ele sacudir a cabeça sei que não foi isso que ele quis dizer. Parei o carro e então observei ele mas o jovem bonito abriu a porta do carro saiu.

Vi ele parar no meio do nada e acender um cigarro. Seus olhos se recusavam a fitar os meus então minhas mãos foram até as dele o fazendo me olhar.

- Eu estou bem agora. Sei que foi um susto mas eu faria tudo de novo e não me arrependo de nada se isso garantir que fique bem.

- É disso que tenho medo Kinn. Quanto mais perto de você eu sei que vou me machucar. Eu já perdi tudo, todos que eu amo vão gradualmente escapando das minhas mãos. Até Porchay agora já consegue se virar bem sem mim. Meus pais foram tão cedo...- sua voz falha. - Eu não tenho certeza se posso suportar me permitir te amar e você morrer assim. Não quero ficar para trás de novo.

- Por isso tem se segurado? Porsche faz dois anos que eu conheço você. Vamos admitir não nos gostamos de hoje. Desde que nos vimos a primeira vez parecia que estávamos de alguma forma destinados. Toda vez que eu cruzava com você na mansão meu coração acelerava. E sempre acabamos trombando um no outro independente do que, nos observando a distancia e torcendo para que o outro seja feliz silenciosamente. Resistimos contra isso como se fosse apenas coisa da nossa cabeça. Mas está aqui a verdade se você tem medo de me perder você já me ama. Se tem medo de te machucar já te machuca. Não vamos mais ficar fugindo disso.

- Eu achei que era loucura quando você me olhava. Achei que estava sendo paranóico quando suas mãos tocavam a minha escondido. Não tinha certeza se estava me provocando ou me perturbando.

- Eu vou estar aqui com você Porsche. Eu não me importo que tipo de sacrificio eu tenha que fazer para permanecer com você mas não ache que eu vou cair fácil e te deixar sozinho. - digo.

- Você não me prometa coisas que não pode garantir.

- Vai doer do mesmo jeito se me deixar ir. Sempre se perguntando se teríamos dado certo. Sempre se perguntando até onde chegaríamos. Você vai se arrepender e se culpar. - falo e jogo seu cigarro fora.

***

Quando chegamos no meu quarto de hotel nem sequer acendemos a luz. Seus lábios me tocaram intensamente me fazendo estremecer. Ergui uma de suas pernas o pressionando contra a parede enquanto retribua o beijo.

Seus dedos lentamente soltavam os botões de minha camisa. Ao me deixar exposto sua mão caminha pelo meu abdômen e tórax cuidadosamente como se quisesse decorar meu corpo em sua mente.

KinnPorsche (Não Original)Onde histórias criam vida. Descubra agora